Com relação ao consumo de sódio, atitudes efetivas por meio de políticas governamentais podem reduzir os custos da saúde e salvar vidas. Essa foi a conclusão de uma recente análise de pesquisadores norte americanos, baseada no fato de que a maioria dos americanos utiliza alimentos processados e industrializados, onde o sódio é encontrado em grande quantidade. Portanto, seria impossível para um cidadão norte-americano ajustar-se sozinho à quantidade ideal de consumo de sódio, sem alterações nas quantidades de sódio desses alimentos.
Em 2003, o Reino Unido iniciou uma cruzada para reduzir, entre 20 e 30%, o conteúdo de sódio dos alimentos processados e empacotados. O País tem conseguido resultados surpreendentes e já estabeleceu metas ousadas: reduzir em até 40% a quantidade de sódio dos alimentos industrializados, até o ano de 2012. Países como Irlanda, Austrália, Canadá, Japão e a Finlândia já iniciaram programas semelhantes.
Diante dos resultados ingleses, os pesquisadores americanos calcularam que uma redução de 9,5% na ingestão de sódio, semelhante ao que vem ocorrendo no Reino Unido, poderia evitar centenas de milhares de infartos e derrames também na América e economizar mais de 32 bilhões de dólares em tratamentos de saúde. Um programa dessa magnitude seria mais econômico do que pagar os custos de medicamentos hipotensores para a população de hipertensos em desenvolvimento.
Recentemente, uma aliança entre organizações de saúde e grandes cidades, lideradas por Nova York, iniciaram uma campanha pela redução de 20% na ingestão de sal pelos americanos em 5 anos, e de 40%, em 10 anos. Para atingir estas metas, o conteúdo de sódio dos alimentos processados e empacotados deverá reduzir em 25%, em 5 anos, e 50%, em 10 anos. Por incrível que possa parecer, muitas indústrias alimentícias já se adequaram às normas e a maioria dos alimentos à venda já atende às novas determinações.
No Brasil, o tema foi motivo de uma reunião, no dia 26 de abril de 2010, onde participaram representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, e das sociedades brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e Nefrologia. A razão do encontro foi ouvir o posicionamento dos participantes destes órgãos e associações sobre um documento denominado Recomendação para as Políticas Nacionais para a Redução do Consumo de Sódio na População.
O documento apresenta propostas destinadas aos governos, indústrias de alimentos, associações, sociedades científicas, ONGs e OPAS para a implementação de ações voltadas à redução de consumo de sódio no Brasil, visando a redução de problemas cardiovasculares entre nós.
As sociedades científicas e o Ministério da Saúde endossaram o teor do documento e elaboraram uma proposta de projeto de lei que obriga os fabricantes a informar, nos rótulos das embalagens, os produtos que contêm quantidade elevada de sódio.
Muito além do sal...
Além dos cuidados em relação ao consumo de sal, o paciente hipertenso deve ser estimulado a seguir uma dieta balanceada, privilegiando: frutas e verduras, carne magra, laticínios desnatados, grãos e cereais. Aumentar o consumo de potássio também auxilia o controle da pressão, isto pode ser feito através do aumento do consumo de frutas e verduras. Uma dieta rica em vegetais e frutas, que contenha entre 2 e 4g de potássio/dia, pode ser útil na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial.
A redução da ingestão de álcool também auxilia no controle da pressão arterial naquelas pessoas que consomem grandes quantidades de bebidas alcoólicas. A recomendação médica é a seguinte: a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia contidas em 600 ml de cerveja (5% de álcool) ou 250 ml de vinho (12% de álcool) ou 60ml de destilados (whisky, vodka, aguardente - 50% de álcool). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres e indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados.
É importante destacar que a dieta é apenas uma das medidas para controle da pressão arterial. Ela deve ser acompanhada da adoção de outros hábitos de vida saudável, tais como: prática de atividade física regular, abandono do tabagismo, ingestão moderada de bebidas alcoólicas, controle do estresse e manutenção do tratamento medicamentoso, quando houver prescrição médica para tal.
Sua participação
Ao anunciar os números alarmantes e crescentes da hipertensão arterial no Brasil, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também lançou uma campanha de prevenção contra a doença, feita em conjunto com sociedades brasileiras de Cardiologia, de Hipertensão e de Nefrologia. A principal mensagem desta iniciativa em conjunto é a de que prevenir a pressão alta depende das opões individuais, como escolher alimentos saudáveis, manter o peso ideal, exercitar-se com regularidade e reduzir o consumo de sal. O aumento de casos na doença no Brasil preocupa, porque a hipertensão é um dos principais fatores de risco para a mais importante causa de morte no País: as doenças cardiovasculares. Considerada um problema crônico, seu controle depende de fatores que vão desde cuidados com a alimentação, redução do estresse até o uso de medicamentos. Como envolve mudanças de hábito, o tratamento é difícil para boa parcela das pessoas... E você? Quando foi a última vez que você mediu a sua pressão arterial? Você está atento à quantidade de sal que consome?
SE NÃO ESTÁ, FIQUE. E ninguém morre por não comer sal, infelizmente não podemos dizer o esmo dos que dizem “EU NÃO POSSO COMER SEM SAL” tá a escolha é sua.
Já que entramos no assunto, quarta vou publicar, para quem não assistiu o que passou no última sexta no globo reporter sobre o assunto.
SUCESSO E SE CUIDEM QUERIDAS.
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