segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Entenda o Efeito Anti-oxidante

É Sempre mais fácil, depois que entendemos, Nunca se esqueçam que, mais de 50% dos medos provêm da falta de conhecimento, logo estes tendem a se desfazer à luz da informação

Primeiro entenda o que é efeito antioxidante. Temos falado tanto sobre isso, mas sei que as explicações são muito complexas e científicas. O fato é que as nossas células são alvos de sucessivas agressões, capazes de fazê-las envelhecer e adoecer. Essas agressões são mediadas por moléculas altamente reativas, os chamados radicais livres, que nada mais são do que o próprio oxigênio proveniente da respiração. São moléculas de oxigênio que se tornam altamente reativas e capazes de reagir com vários componentes das células, inclusive seu DNA, oxidando-os e lesando-os definitivamente. Por outro lado, também temos substâncias protetoras ou antioxidantes, capazes de inibir a oxidação de nossos sistemas biológicos, protegendo nossas células das ações lesivas dos radicais livres. Logo, oxidar excessivamente não é bom, pois pode ultrapassar a capacidade de defesa Antioxidante do nosso corpo. Infelizmente não podemos impedir a geração dos radicais livres, pois eles se originam do próprio processo de respiração dos animais e do homem. Precisamos sim, melhorar suas defesas antioxidantes, combatendo de maneira eficiente a formação dos radicais livres e o stress oxidativo, uma vez que acreditamos ser ele um fator de grande influência no envelhecimento celular e em várias doenças crônicas como o diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e catarata.

Em busca das defesas antioxidantes 

A procura dos antioxidantes tem mobilizado pesquisadores em todo o mundo e eles já têm algumas respostas que indicam que muitas dessas substâncias, tão importantes para a nossa saúde, estão ao nosso alcance, presentes nas frutas e vegetais, vinhos, castanhas e cereais, peixes, azeites, óleos vegetais, e alguns tipos de chás. Esses alimentos contem grande quantidade dessas substâncias antioxidantes na forma de vitaminas C, E e Betacaroteno, minerais como selênio e zinco, gorduras benéficas, fibras dietéticas e várias outras classes de componentes bioativos. Todos esses fitoquímicos interagem e se completam, formando uma rede de proteção contra as doenças, favorecendo a absorção e a ação um do outro e protegendo nossas células das ações lesivas dos radicais livres. A ingestão regular e prolongada desses alimentos favorece a estimulação do sistema imunológico, modula a síntese de colesterol, reduz a pressão arterial, além de ações antibacterianas e antivirais. Esses efeitos têm sido comprovados principalmente em estudos de laboratório, utilizando células específicas e estudos ditos epidemiológicos, que investigam os padrões dietéticos adotados por vários grupos populacionais e as doenças associadas. 

Diferentes dietas e seus componentes antioxidantes 

As dietas ocidentais, nas quais estamos incluídos, são pobres em antioxidantes. Essas dietas contem muito açúcar, gordura saturada e álcool. São particularmente deficientes em nutrientes essenciais como zinco, selênio, vitaminas antioxidantes E, A e C e vitaminas do Complexo B. Dessa forma, podem causar alterações do sistemas imunológico, obesidade, aterosclerose, alergias e câncer. A Brazos Nutricional, uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), divulgada em setembro de 2007 nos deixou perplexos. Apesar das várias opções de frutas, legumes e verduras que o Brasil planta e exporta todos os anos, nós brasileiros não aproveitamos essa riqueza de nutrientes. O estudo envolveu 150 municípios brasileiros e entrevistou 2.240 pessoas de todas as classes sociais e descobriu que o consumo de vitaminas e sais minerais está abaixo das recomendações em 90% da população. 

Ao contrário da nossa dieta, a chamada dieta mediterrânea é superior na maioria dos antioxidantes. Mais especificamente, a dieta grega é uma delas, sendo rica em frutas e vegetais, castanhas e cereais, principalmente na forma de pães e não de massas, mais azeite e azeitona, mais peixes e menos carne vermelha e quantidade moderada de vinho. Essa dieta oferece grande quantidade de vitaminas antioxidantes C e E, fibras, selênio, gorduras insaturadas e outros antioxidantes como o resveratrol do vinho e polifenóis do azeite de oliva. 

As dietas vegetarianas, principalmente as estritas ou veganas, poderiam ser consideradas ideais no fornecimento de antioxidantes, uma vez que são ricas em frutas, cereais e vegetais. Entretanto, essas dietas devem ser orientadas por um profissional médico da área de nutrição ou nutricionista, para que a escolha dos alimentos seja adequada em variedade e quantidade, não faltem os nutrientes essenciais como ferro e vitamina B12 e minimize os excessos de carboidratos e gorduras que ocorrem com a abolição da proteína animal.

As vitaminas antioxidantes e as doenças

Um fato importante e bem claro para nós é que todos os pacientes com doença grave, seja ela de qualquer natureza, possuem aumento na formação dos radicais livres e diminuição das suas defesas antioxidantes, caracterizadas por redução dos níveis de quase todos os micronutrientes antioxidantes em seu sangue. 

(1) Vitaminas nas doenças cardiovasculares 

As mais importantes vitaminas antioxidantes que atuam na proteção cardiovascular são a vitamina E, C e o Beta caroteno. As fontes de vitamina E são os óleos vegetais como milho, soja, girassol e as margarinas e produtos fabricados a partir deles. É encontrada ainda no germe de trigo, amêndoas e avelãs. A vitamina C está amplamente distribuída nas frutas cítricas e folhas vegetais cruas. Os carotenóides como o Beta caroteno e o licopeno são encontrado nas hortaliças coloridas de amarelo, verde, vermelho e alaranjado como cenoura, tomate, batata-doce, abóbora, espinafre, brócolis e a maioria dos vegetais folhosos verde-escuros. Estudos revelam que pessoas que consomem no mínimo cinco porções de frutas e vegetais por dia têm um risco de infarto 31% menor do que as que ingerem menos de 3 porções. Certos tipos de vegetais são especialmente protetores, entre eles estão brócolis, couve-flor, folhas verdes escuras e frutas cítricas. 

(2) Vitaminas e câncer 

O aparecimento do câncer também pode ser influenciado pela ingestão de frutas e vegetais. Sabe-se que o consumo regular e a longo prazo de grandes quantidades desses alimentos está associado à diminuição do risco de vários tipos de câncer. O último relatório do Fundo Mundial para a Pesquisa em Câncer, publicado em 2007, define o câncer como uma doença com poucas influências genéticas e com componentes ambientais e comportamentais muito importantes e passíveis de serem modificados. Dentre os fatores ambientais descritos pelo documento estão os alimentos e entre eles são destacados as frutas e vegetais na proteção contra o câncer de mama, próstata, intestino e pulmões dentre outros. 

(3) Vitaminas e doenças neurológicas 

Várias outras condições clínicas têm benefícios reais com o uso de vitaminas antioxidantes como as vitaminas C, E e Carotenóides. Dentre elas , destacam-se algumas doenças neurológicas crônicas e degenerativas como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer, onde as lesões causadas pelos radicais livres podem exercer um papel importante. O cérebro possui grande quantidade de lipídeos ou gorduras potencialmente oxidáveis, nos quais a proteção antioxidante parece muito importante. O consumo de vitamina E parece reduzir a incidência da Doença de Parkinson, principalmente aquela proveniente de fontes alimentares. Além disso, as dietas ricas em vitamina C e E têm se mostrado atuarem reduzindo os riscos de demência e prolongando a sobrevida dos pacientes com Doença de Alzheimer. 

(4)Vitaminas, envelhecimento e longevidade 

A principal teoria do envelhecimento aceita até o momento se baseia nas lesões celulares provocadas pelos radicais livres causando doenças e envelhecendo as células. Apesar disso, até o momento, nós não temos dados científicos que revelem efeito antienvelhecimento das vitaminas antioxidantes, provenientes da dieta e muito menos sob a forma de suplementos. Se deixar de adoecer ou adoecer menos nos torna mais longevos, então podemos inferir que os idosos devem sim adotar dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, nozes, legumes e leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha) para ter mais saúde e viver mais. O uso tópico de vitaminas em cremes para a pele com vistas à proteção contra o envelhecimento ou a recuperação de peles doentes não tem mostrado resultados promissores. Entre as vitaminas mais estudadas, a vitamina C e os carotenóides não conseguem atingir os objetivos em estudos científicos bem controlados. Como fotoprotetores em uso oral, essas vitaminas (C, E e carotenóides) até oferecem alguma proteção, mas bem menores que os filtros solares disponíveis. 

O papel da suplementação vitamínica com efeito antioxidante Hoje, tornaram-se corriqueiros a prescrição e o uso rotineiro de suplementos vitamínicos e minerais para uma prevenção abstrata e cientificamente não comprovada de possíveis doenças crônicas, para retardar o envelhecimento ou para o tratamento do cansaço físico. Isso se baseou nos efeitos antioxidantes tão favoráveis encontrados no consumo de frutas e hortaliças. Os mais importantes são: vitamina C, E, carotenóides, flavonóides e selênio. 

A maior vedete das vitaminas antioxidantes já havia sofrido um grande abalo em 2005, quando um estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine, analisando 136.000 pacientes, revelou que doses iguais ou superiores a 400UI de vitamina E poderiam aumentar a taxa de mortalidade por todas as causas e deveriam ser evitadas. Muito antes disso, o beta caroteno e a vitamina A foram avaliados em dois grandes estudos, o ATBC e o CARRET, e não mostraram benefícios, além de causarem aumento da incidência de câncer de pulmão e do risco de mortalidade em indivíduos fumantes ou expostos à fumaça de cigarro. 

Para reforçar o coro contra os suplementos vitamínicos, uma publicação de 2007 revisou o resultado de nada menos do que 385 trabalhos científicos com 232.600 pacientes, avaliando o efeito antioxidante dos suplementos vitamínicos sobre a taxa de mortalidade por doenças em geral. O resultado só veio confirmar os estudos anteriores: o tratamento com beta caroteno, vitamina A e vitamina E pode aumentar a taxa de mortalidade... Não há evidência de que a vitamina C possa aumentar a longevidade... O papel potencial do selênio ainda necessita de futuros estudos. 

E enquanto estes estudos se desenvolvem, o melhor que podemos fazer pela nossa saúde é assegurar o consumo mínimo de cinco porções (ou 400 gramas) de frutas e vegetais por dia. De maneira prática, para alcançar o número de porções recomendadas de frutas, legumes e verduras é necessário que esses alimentos façam parte de todas as refeições e lanches que fizermos ao longo do dia. Lembrando que variar garante a descoberta de novos sabores e o alcance de todos os nutrientes. Assim, não pode haver um café da manhã sem frutas ou suco de frutas, almoço e jantar sem saladas ou verduras e legumes refogados ou cozidos, sopas sem vegetais e lanches de pão, laticínios e embutidos sem a salada. A ordem é acrescentar os alimentos saudáveis, mesmo que ainda não conseguirmos abolir os menos saudáveis. 

Dra. Ellen Simone Paiva Médica é especializada em endocrinologia e nutrologia

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

7 Alimentos que sabotam sua dieta sem que perceba


A mudança dos hábitos alimentares é um dos fatores principais para ter sucesso na dieta. Exige que você consuma mais frutas e legumes, priorize alimentos mais nutritivos e faça escolhas mais saudáveis, reduzindo o consumo de açúcares e gorduras. Os resultados são compensadores. Bastam pequenos ajustes para sentir a diferença no corpo, para as roupas ficarem mais largas e você sentir mais disposição. O esforço costuma surtir efeito na maioria dos casos, mas quando o ponteiro da balança emperra, as pessoas se indagam sobre o que estão fazendo de errado. Você já pensou que a resposta para a estagnação pode estar na listinha de compras do regime? 
granola com leite - foto Getty Image
Muitas vezes, por desconhecimento, as pessoas acabam ingerindo alguns alimentos, porque acreditam que eles são saudáveis, leves e adequados para a dieta. O problema está na quantidade em que são consumidos. Muitos deles são calóricos e contêm taxas de gorduras que acabam sabotando o emagrecimento. Conheça abaixo os alimentos "pegadinhas da dieta" que exigem cautela na hora do consumo. 
1. Granola 

Este mix de cereais, frutas secas e castanhas leva fibras e vitaminas que dão saciedade e energia, mas também contém açúcar. Invista na versão diet/light da mistura. 100 g de granola tem 421 calorias. "O recomendado por dia é 25 gramas". Prefira comer a granola no café da manhã para ganhar mais disposição e ainda ter um dia inteiro para gastar as calorias consumidas. 

2. Água de sabor 

Beber água para hidratar o corpo é essencial para a nossa sobrevivência e para a dieta. A água nutre as células, desintoxica o organismo, faz os rins e intestino trabalhar melhor. O ideal é beber 1 litro por cada 25 kilos de peso por dia. É pensando nisso que muita gente acaba abusando das águas de sabor, O que não é a mesma coisa já que esta é invariavelmente calórica e tem gás, (carboidrato sem valor nutritivo). De limão, morango e até mesmo de maçã-verde e lichia, elas contém aditivos, adoçantes e, às vezes, até açúcar. Não deve ser consumida em grande quantidade, no máximo, dois copos por dia. 

3. Saladas perigosas 

A saladinha costuma ser uma opção leve e refrescante para os dias de verão, aquelas temperadas com molhos prontos, azeite, queijos, azeitonas e croutons devem ser evitadas porque costumam carregar muitas calorias e gordurosas saturadas. Uma opção mais saudável é um prato de salada de folhas verdes, tomate, pepino e palmito, temperada com molho de iogurte desnatado e acompanhada de uma proteína mais leve, como o peito de frango ou peixe grelhado. 

4. Açaí 

A fruta da região amazônica faz sucesso, sobretudo entre praticantes de esportes que adoram se refrescar depois dos exercícios. Apesar de ser rico em nutrientes (principalmente: cálcio, ferro, vitamina B1), o principal problema do açaí é a quantidade de calorias do alimento, são 248 calorias em 100 gramas. Um copo de açaí tem 2 pontos e a tigela de açaí (com banana, granola e mel- 1 colher de sopa) tem 4 pontos. Os complementos na hora de consumí-lo também costumam tornar ainda mais calórica a fruta, dentre eles: granola, banana picada e leite condensado. "O ideal é consumir o açaí puro e, se for substituir o lanche da manhã ou da tarde por ele, coma uma tacinha pequena de 50 gramas", explicam os nutricionistas.
comida japonesa - foto Getty Image
5. Comida japonesa 

Um dos alimentos que as pessoas mais gostam da culinária japonesa é o sushi. Apesar de ser feito com alga, vegetais e frutos do mar, o alimento tem a base de arroz e, às vezes, recheios calóricos como o cream cheese. Sem contar as versões fritas. O sushi têm entre 20 e 45 calorias cada um, mas o problema é que come-se muitos de uma vez só. Uma unidade tanto de atum quanto de salmão apresenta 1 ponto. A recomendação da nutricionista é "No seu almoço ou jantar, limite o consumo até quatro unidades, assim você pode desfrutar do restante do cardápio oferecido no restaurante japonês", aponta Rosana. 

6. Refrigerante light ou zero 

Os refrigerantes desse tipo não possuem calorias, mas um outro elemento do refrigerante causa preocupação nos especialistas: o adoçante. Quanto maior for o consumo de adoçantes, maior fica o desejo por doces. "Estudos apontam o efeito do adoçante nas papilas gustativas fazendo com que fiquem mais receptivas ao sabor doce", Além de que é de conhecimento público que refrigerantes e leite não Hidratam. Ou seja ÁGUA..... ISSO SIM É BOM E SALUTAR.

7. Barrinhas de cereais 

As barrinhas de cereais são ótimas opções para os lanches intermediários, mas contêm, em média, 100 calorias, portanto não devem ser ingeridas à vontade. As que possuem cobertura de chocolate costumam ser as com mais calorias. No caso das barrinhas de cereais (dependendo da marca), o valor calórico aumenta muito. 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Câncer de Mama - PREVENÇÃO

É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

FATORES DE RISCO

  • Idade acima de 50 anos
  • História própria ou familiar de câncer de mama
  • Não ter filhos
  • Exposição significativa a raio X
  • Primeira menstruação cedo
  • Menopausa tardia
  • Classe socioeconômica alta
  • Primeira gestação após os 30 anos
  • Dieta rica em gorduras
  • Uso prolongado de anticoncepcional oral (ainda é discutível)
Foram identificados dois genes, chamados BRCA1 e BRCA2 que, quando sofrem mutação, são preditivos de câncer de mama familiar, identificando assim, mulheres com maior risco para desenvolver câncer de mama. A identificação de grupo de risco permite a utilização de medicações preventivas (quimioprevenção), cirurgia (mastectomia) e uma atenção maior para estas mulheres. 
Para a prevenção do câncer de mama deve-se combater os fatores de risco com a diminuição da gordura endógena e consequente redução de peso corporal e dieta rica em vitamina A. Evitar o ganho de peso, principalmente após a menopausa. Como orientação geral, toda mulher após os 20 anos deve aprender e fazer mensalmente o auto-exame das mamas. O primeiro exame clínico das mamas deve ser realizado aos 20 anos e repetido a cada três anos até os 40 e, então, anualmente. A primeira mamografia deve ser realizada aos 35 anos, repetida aos 40 anos e a partir daí a cada dois anos até os 50 anos, quando passa a ser realizada anualmente. Com os conhecimentos atuais de oncologia preventiva é possível fazer detecção precoce de câncer de mama, que na maioria das vezes recebe tratamento cirúrgico simples, conservador e exclusivo, sem necessidade de radioterapia ou de quimioterapia, e com grande probabilidade de cura.

AUTO-EXAME DE MAMA

Faça o auto-exame uma vez por mês. A melhor época é logo após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o auto-exame deve ser feito num mesmo dia de cada mês, como por exemplo, todo dia 10.
Auto-exame da mama 1

Auto-exame da mama 2

ATENÇÃO
Caso você encontre alguma das anormalidades citadas, 
lembre-se que deve procurar um médico.

BIÓPSIAS

Biópsia é a retirada de parte ou de todo o nódulo ou área suspeita para que o médico patologista examine e faça o diagnóstico. Existem várias formas de se realizar a biópsia, com indicações específicas:


1. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF):
 Aspiração de células através de agulha e seringa, guiada por ultrassonografia ou mamografia, ou mesmo pela palpação direta. Tem a vantagem de ser indolor e rápido, porém muitas vezes o exame citológico não chega a um diagnóstico definitivo (quantidade de material insuficiente). É um método rápido e indolor (pode ser utilizado anestésico).


2. Biópsia de fragmento (Core Biopsy):
 Consiste na retirada em média de cinco fragmentos de tecido alterado, através de uma agulha grossa, guiada por ultrassonografia, mamografia ou ressonância magnética. É feita sob anestesia local.


3. Mamotomia:
 Biópsia feita com agulha grossa acoplada a uma pistola especial (biópsia a vácuo), guiada por ultrassonografia ou mamografia. Dependendo do tamanho da lesão (nódulo ou microcalcificações), ela pode ser totalmente retirada através da mamotomia.


4. Biópsia cirúrgica:
 É a primeira forma de se realizar biópsia. Tem a vantagem de permitir a retirada de grande quantidade de material. Muitas vezes pode ser realizado exame de congelação pelo patologista, permitindo estabelecer a conduta médica de imediato, e numa mesma anestesia realizar todo ato cirúrgico.

BIÓPSIA DE LINFONODO SENTINELA

Biópsia de linfonodo sentinelaNo estadiamento do câncer de mama é muito importante saber se a doença já atingiu ou não os linfonodos regionais. Através da biópsia de linfonodo sentinela é possível fazer um microestadiamento adequado e proporcionar uma menor extensão de cirurgia (poupar a linfadenectomia axilar).

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Câncer de Mama - Causas


A mama é constituída por estruturas produtoras de leite (lóbulos), ductos, que são pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo; gordura, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.

Vasos linfáticos são semelhantes aos vasos sanguíneos, só que em vez de sangue, transportam linfa, um líquido que contém células do sistema de defesa, gordura e proteínas. Ao longo dos vasos linfáticos há pequenos órgãos em forma de feijões, ou gânglios ou nódulos linfáticos ou ainda linfonodos, que armazenam glóbulos brancos chamados linfócitos. A maioria dos vasos linfáticos da mama leva a gânglios linfáticos situados nas axilas, denominados nódulos ou gânglios axilares. Se as células cancerosas atingirem esses gânglios, a probabilidade de que a doença se espalhe para outros órgãos é maior.

A maioria dos cânceres de mama começa nos ductos (carcinomas ductais), alguns têm início nos lóbulos (carcinoma lobular) e os demais nos outros tecidos.


Saiba Mais:

O que causa o câncer de mama?    
O câncer de mama é causado por alterações genéticas, estas alterações podem ser estimuladas por fatores ambientais como: tabagismo, uso de hormônios ( TRH – terapia de reposição hormonal), inicio da menstruarão em idade muito jovem, menopausa em idade mais tardia, menor numero de gravidez e gravidez em idade cada vez mais tardia, excesso de peso e ingestão de bebida alcoólica ou também por fatores genéticos.


Quais os principais tipos de câncer de mama?

•    Carcinoma ductal in situ – consiste em um câncer de mama em fase inicial, que a principio, não teria capacidade de desenvolver metástase

•    Carcinoma ductal invasivo – é o tipo mais comum de câncer de mama. Apresenta capacidade de desenvolver metástase

•    Carcinoma lobular invasivo – é o segundo tipo mais comum de câncer de mama e está relacionado ao risco de desenvolvimento de câncer de mama na outra mama e também ao câncer de ovário. Apresenta a possibilidade de desenvolver metástase.


Quais são os tipos de lesões pré-cancerígenas?
As lesões mamárias que predispõem a câncer de mama são:

•    Carcinoma Lobular in situ ou Neoplasia Lobular.

•    Hiperplasia ductal atípica

•    Hiperplasia lobular atípica


Homem pode ter câncer de mama?
Sim. O desenvolvimento do câncer de mama em homens está relacionado à presença de histórico de câncer na família, síndromes de predisposição genética, radioterapia em região torácica, dentre outros.


Perguntas Freqüentes

Qual a idade mais comum para o desenvolvimento de câncer de mama? 
O câncer de mama ocorre predominantemente em mulheres depois da menopausa, no entanto, o surgimento do câncer de mama pode ocorrer em mulheres jovens antes mesmo de completarem os 40 anos de idade (idade em que se é recomendada o início da realização da mamografia anualmente). Os tumores que ocorrem em mulheres jovens tendem a ser mais agressivos

Há câncer de mama durante a gestação? 
Pode haver. Representa um número baixo dos casos, mas pode haver. Seu diagnóstico muitas vezes é dificultado pelas alterações que ocorrem na mama gravídica (aumento de volume). É definido como câncer de mama durante a gestação quando ocorre durante ela ou até 12 meses após o parto. O tratamento pode se iniciar ainda na gestação, com medicações quimioterápicas que não afetam o bebê, ou mesmo com a cirurgia que pode ser realizada neste mesmo período. 

É possível ser mãe mesmo após o diagnóstico de um câncer de mama?
A gestação após o tratamento do câncer de mama é possível. Quanto mais jovem a paciente que trata o câncer de mama, mais provavelmente esta mesma mulher retornará às funções ovarianas (ciclos menstruais) após o tratamento. Porém deve-se evitar gestação nos primeiros dois anos após o tratamento (pelo risco de retorno da doença na mãe). Atualmente existem opções que podem ser discutidas com seu médico em caso de desejo de preservação de fertilidade antes do início do tratamento. 

Anticoncepcional pode causar câncer de mama?
Infelizmente ainda não se tem resposta se o uso dos anticoncepcionais pode ou não ser fator de risco para câncer de mama. Acredita-se que seu uso por mais de 10 anos antes da primeira gestação seria ruim, mas por outro lado poderia estar protegendo contra o câncer de ovário. Os anticoncepcionais têm sofrido muita modificação, dosagens menores, associações diferentes e ainda não se tem resultados do seu efeito após todas estas modificações. O ideal é sempre conversar com o médico para que todos os prós e contras sejam esclarecidos.

Fazer reposição hormonal (TRH - terapia de reposição hormonal) causa câncer de mama? Há algum risco ao usar hormônio natural de planta (isoflavona)? 
Mulheres têm vivido cada vez mais inseridas no mercado de trabalho e estas são algumas das causas de buscarem qualidade de vida após a menopausa (após parar de menstruar). A TRH pode trazer benefícios cardiovasculares e físicos a algumas mulheres. Seu uso deve ser orientado por um médico apto e deve-se conversar com a paciente sobre os risco e benefícios desta medicação. Quando se iniciou o uso indiscriminado de reposição hormonal nos EUA (mesmo para pacientes sem sintomas) começou a se observar números mais elevados de diagnósticos de câncer de mama. Portanto, o uso da reposição hormonal deve ser restrito às pacientes que tenham necessidade dela sob supervisão do médico, sendo que o risco de câncer de mama para as mulheres que tomam esta medicação é maior que para aquelas que não tomam, e que o uso por mais de 5 anos deve ser evitado.
As isoflavonas são hormônios de menor potência, mas que devem ser igualmente supervisionados pelo médico. 

Quando a mulher teve câncer de mama, pode usar reposição hormonal? 
Não. Deve-se conversar com o médico para que os sintomas da menopausa sejam aliviados com outra droga que não seja hormonal, já que a maioria dos tumores da mama podem responder aos hormônios, ou seja, se alimentam deles para crescer. 

Como identificar a depressão? 
Uma reação normal a um problema grave de saúde é entregar-se à tristeza e à depressão. É preciso ficar atento aos primeiros sinais de que você está deprimida para tratar logo o problema e não deixar que atrapalhe a postura otimista durante o tratamento. Sintomas de alerta: falta de esperança e achar que não há sentido na vida, desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas, desinteresse de ficar com família e amigos, perda de apetite, vontade constante de chorar, problemas de sono (pouco ou em excesso), entre outros. Esses problemas devem ser rapidamente contados ao médico, que vai prescrever o tipo de tratamento adequado para tratar a depressão.

Como lidar com a perda da mama?
É algo extremamente complexo para a mulher. As mamas têm inúmeros significados que envolvem sexualidade, maternidade, sensualidade, feminilidade. Todos estes aspectos são levados em conta quando se fala em retirada das mamas. Mesmo com todo o avanço da medicina, a retirada total da mama ainda pode ser necessária. A cirurgia plástica pode ser de grande valor para amenizar a dor da perda. A reconstrução, principalmente quando imediata pode trazer conforto e diminuição da sensação de mutilação. Caso a reconstrução não seja possível, lojas especializadas em artigos médicos oferecem próteses externas (que são usadas no soutien) que cumprem muito bem o papel de diminuir a sensação de perda e oferecem a possibilidade de re-inclusão social para a paciente. 

Os cabelos sempre caem com a quimioterapia? Como lidar com a perda dos cabelos?
A maioria das medicações quimioterápicas usada para o tratamento do câncer de mama atua sobre as células que se reproduzem com mais rapidez e as do bulbo capilar são exemplos disso. Algumas, entretanto, não deixam cair os fios, mas cada caso tem uma droga que se aplica com maior eficácia. Independentemente disso, é importante lembrar que os fios voltarão a crescer com o fim do tratamento. 

Usar desodorantes antitranspirantes e/ou os soutiens com arame causam câncer de mama?
Esse mito se espalhou rapidamente via internet, mas não é verdade. O câncer de mama não tem relação com trauma, tipo de soutien ou desodorantes. O que muitas vezes ocorre é que as mulheres que sofrem um trauma qualquer na mama, ao apalparem o local da batida percebem nódulos (bolinhas ou caroços) que nunca haviam percebido, mas que já estavam lá. 

Exercícios podem prevenir câncer de mama? 
Trabalhos demonstram que a prática moderada de atividade física é um fator importante na prevenção de câncer. 

Após o diagnóstico de câncer de mama, é possível praticar exercícios? 
Sim, deve, porém só pratique exercícios após orientação médica – apesar da importância da atividade física, ela só deve ter início com o aval do médico. Ele irá estabelecer uma rotina progressiva de exercícios, especialmente elaborada para cada necessidade. O paciente que esteve ou está em tratamento pode ter redução da função cardíaca pelo uso de alguns quimioterápicos ou outras medicações, o que torna perigosa a prática de exercícios sem a devida avaliação.

Como devem ser os hábitos de alguém que já tratou o câncer de mama? 
• Deixar de fumar – o tabaco (tabagismo) pode fazer com que o antigo câncer retorne ou facilitar o surgimento da doença em outro órgão.
• Reduzir o consumo de álcool – as bebidas alcoólicas (alcoolismo) também podem levar ao surgimento de câncer.
• Adotar uma alimentação saudável – é muito importante ter uma dieta em que prevaleçam os alimentos de origem vegetal.

Como deve ser realizado o auto-exame das mamas? 
O auto-exame deve ser realizado 1 vez por mês, a partir dos 20 anos de idade, sempre após 1 semana do início da menstruação. O exame pode ser feito em pé ou deitada e tem como objetivo principal o autoconhecimento do corpo pela mulher. 

Dor nas mamas pode ser câncer?
Na verdade, o que mais preocupa o médico e que deve ser investigado são os nódulos (caroços ou bolinhas) que podem aparecer nas mamas. As dores costumam ser sinal de alterações benignas, causadas pelas oscilações hormonais nas mulheres e depende muito da sensibilidade pessoal de cada um. As mamas mais densas, mamas jovens, com bastante tecido glandular, são as que costumam doer mais e antigamente eram chamadas mamas displásicas. Este termo hoje não é mais empregado. O termo utilizado é  Alterações Fibrocísticas Benignas das Mamas, mamas que apresentam grande quantidade de tecido glandular, que podem apresentar pequenos cistos (bolinhas de água) e pequenos nódulos espalhados pelas mamas.
 
O que são papilomas? 
Os papilomas são estruturas semelhantes a “cogumelos” que nascem dentro do ducto da mama (como que pequenos pólipos dentro do tubo que leva o leite ao mamilo). Pode causar sangramentos e por este motivo é freqüentemente necessária a sua retirada para que seja assegurado que não se trata de câncer.

Quais os sinais que merecem atenção e a orientação de um médico? 
Os sinais que merecem investigação, que não necessariamente significam câncer, mas que o médico é que deve realizar a investigação, ou o tratamento antes de dar um diagnóstico são: inchaço na mama, principalmente, se for somente em uma delas, vermelhidão (pele mais vermelha), secreção pelo mamilo (principalmente se for espontânea e de cor avermelhada), retração do mamilo (mamilo que fica para dentro, invertido), nódulo (caroço) palpável, coceira na mama ou no mamilo, feridas na pele da mama ou no mamilo. 

Há como saber se um dia o câncer de mama irá se desenvolver no organismo? 
Infelizmente não há como prever qual a mulher que terá um câncer, todas estão sob risco. Mas há algumas lesões nas mamas que, quando diagnosticadas, chamam a atenção do médico para o fato de aquela mulher ter um risco maior que outra mulher da mesma idade. São as chamadas lesões de alto risco para câncer. O médico deve ser consultado para que a lesão encontrada seja correlacionada ao risco pessoal de se ter um câncer e caso este risco seja muito elevado pode-se até haver a indicação de tratamento preventivo.

Quando ocorre a cirurgia dos gânglios da axila, há inchaço dos braços?
Provavelmente não. As cirurgias axilares atuais são mais conservadoras. Os gânglios (linfonodos) são responsáveis pela imunidade local e pela drenagem dos líquidos excedentes do braço. Quando se realiza a retirada destes gânglios alguns cuidados são necessários para que não haja acúmulo de líquidos (linfedema) e o braço não fique inchado, portanto é necessário seguir  as orientações do médico. Sabe-se que quanto menor a cirurgia, por exemplo, a retirada de um único gânglio (linfonodo sentinela) menor é a chance de ocorrer este inchaço.

Silicone causa câncer de mama?
Não, silicone não causa câncer de mama. O que acontece é que toda cirurgia traz cicatrizes nas mamas que podem dificultar a visualização de pequenas imagens.

Quem amamenta está livre de ter câncer de mama? 
Não. A amamentação é mais um dos fatores que protegem a mulher do câncer de mama, mas nenhum dos ditos fatores de proteção atuam de forma isolada, é a somatória de vários fatores de proteção de um lado, contra a somatória dos fatores de risco do outro que definem o risco real. 

Ao entrar na menopausa posso ainda desenvolver câncer de mama?
Sim. Na verdade, o risco começa a aumentar após os 40 anos. Nódulos que aparecem após a menopausa são ainda mais suspeitos. É necessário procurar um mastologista para avaliar o caso.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Câncer de Mama INFORMAÇÕES


Como são as mamas:
As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que conduzem o leite produzido para fora pelo mamilo. Como todos os outros órgãos do corpo humano, também se encontram nas mamas vasos sanguíneos, que irrigam a mama de sangue, e os vasos linfáticos, por onde circula a linfa. A linfa é um líquido claro que tem uma função semelhante ao sangue de carregar nutrientes para as diversas partes do corpo e recolher as substâncias indesejáveis. Os vasos linfáticos se agrupam no que chamamos de gânglios linfáticos, ou ínguas. Os vasos linfáticos das mamas drenam para gânglios nas axilas (em baixo dos braços) na região do pescoço e no tórax.
Os tipos de câncer de mama:
O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito freqüentemente acomete as duas mamas. O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente.
O câncer de mama, como muitos dos cânceres, tem fatores de risco conhecidos. Alguns destes fatores são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que uma pessoa tem a este determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver este câncer.
Existem também os fatores de proteção. Estes são fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este câncer é menor.
Os fatores conhecidos de risco e proteção do câncer de mama são os seguintes:
Idade:
 
O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este tipo de câncer.
Exposição excessiva a hormônios:
 
Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os sintomas da menopausa) que contenham os hormônios femininos estrogênio e progesterona aumentam o risco de câncer de mama. Não tomar ou parar de tomar estes hormônios é uma decisão que a mulher deve tomar com o seu médico, pesando os riscos e benefícios desta medicação.
Anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos anos também pode aumentar este risco.
Retirar os ovários cirurgicamente diminui o risco de desenvolver o câncer de mama porque diminui a produção de estrogênio (menopausa cirúrgica).
Algumas medicações "bloqueiam" a ação do estrogênio e são usadas em algumas mulheres que tem um risco muito aumentado de desenvolver este tipo de câncer. Usar estas medicações (como o Tamoxifen) é uma decisão tomada junto com o médico avaliando os risco e benefícios destas medicações.
Radiação:
 
Faz parte do tratamento de algumas doenças irradiar a região do tórax. Antigamente muitas doenças benignas se tratavam com irradiação. Hoje, este procedimento é praticamente restrito ao tratamento de tumores. Pessoas que necessitaram irradiar a região do tórax ou das mamas têm um maior risco de desenvolver câncer de mama.
Dieta:
 
Ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida de álcool é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter este câncer. Tomar menos de uma dose de bebida alcoólica por dia ajuda a prevenir este tipo de câncer (um cálice de vinho, uma garrafa pequena de cerveja ou uma dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida alcoólica).Se beber, portanto, tomar menos que uma dose por dia.
Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos. Manter-se dentro do peso ideal (veja o cálculo de IMC neste site), principalmente após a menopausa diminui o risco deste tipo de câncer.
Seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal com frutas, verduras e legumes e pobre em gordura animal pode diminuir o risco de ter este tipo de câncer. Apesar dos estudos não serem completamente conclusivos sobre este fator de proteção, aderir a um estilo de vida saudável, que inclui este tipo de alimentação, diminui o risco de muitos cânceres, inclusive o câncer de mama (veja Dieta do Mediterrâneo neste site).
Exercício físico:
 
Exercício físico normalmente diminui a quantidade de hormônio feminino circulante. Como este tipo de tumor está associado a esse hormônio, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens.
História ginecológica:
 
Não ter filhos ou engravidar pela primeira vez tarde (após os 35 anos) é fator de risco para o câncer de mama.
Menstruar muito cedo (com 11 anos, ou antes) ou parar de menstruar muito tarde expõe a mulher mais tempo aos hormônios femininos e por isso aumenta o risco deste câncer.
Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama
História familiar:
 
Mulheres que tem parentes de primeiro grau, mães, irmãs ou filhas, com câncer de mama, principalmente se elas tiverem este câncer antes da menopausa, são grupo de risco para desenvolver este câncer.
Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e ter um parente de primeiro grau, como o pai, com este diagnóstico também eleva o risco familiar para o câncer de mama.
Pessoas deste grupo de risco devem se aconselhar com o seu médico para definir a necessidade de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes nestas famílias. Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para diminuir estes riscos. Algumas medidas podem ser bem radicais ou ter efeitos colaterais importantes. Retirar as mamas e tomar Tamoxifen são exemplos destas medidas. A indicação destes procedimentos e a discussão dos prós e contras é individual e deve ser tomada junto com um médico muito experiente nestes casos.
Alterações nas mamas:
 
Ter tido um câncer de mama prévio é um dos maiores fatores de risco para este tipo de câncer. Manter-se dentro do peso ideal, fazer exercício físico, seguir corretamente as recomendações do seu médico e fazer os exames de revisão anuais são medidas importantes para diminuir a volta do tumor ou ter um segundo tumor de mama.
Ter feito biópsias mesmo que para condições benignas está associado a um maior risco de ter câncer de mama.
Mamas densas na mamografia está associado a um maior risco para este tumor. É muito importante que a mamografia seja feita em um serviço qualificado e que o exame seja comparado com exames anteriores.
Sintomas do câncer de mama:
O câncer de mama normalmente não dói. A mulher pode sentir um nódulo (ou caroço) que anteriormente ela não sentia. Isso deve fazer ela procurar o seu médico. O médico vai palpar as mamas, as axilas e a região do pescoço e clavículas e se sentir um nódulo na mama pedirá uma mamografia.
A mulher também pode notar uma deformidade na suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas. Ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo. Nos casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável.
No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.
Na maioria dos casos, a mulher é a responsável pela primeira suspeita de um câncer. É fundamental que ela conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida. Porém, alterações agudas e sintomas como os relacionados acima devem fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se estas alterações podem ou não ser um câncer. 
Como se faz o diagnóstico de câncer de mama:
A mamografia é um Rx das mamas. Este exame também é feito para detecção precoce do câncer quando a mulher faz o exame mesmo sem ter nenhum sintoma. Caso a mama seja muito densa, o médico também vai pedir uma ecografia das mamas.
Se a mamografia mostra uma lesão suspeita, o médico indicará uma biópsia que pode ser feita por agulha fina ou por agulha grossa. Geralmente, esta biópsia é feita com a ajuda de uma ecografia para localizar bem o nódulo que será coletado o material, se o nódulo não for facilmente palpável. Após a coleta, o material é examinado por um patologista (exame anátomo-patológico) que definirá se esta lesão pode ser um câncer ou não.
Tratamento para o câncer de mama:
Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.
Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os gânglios axilares.
As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda retirada, ela é encaminhada para radioterapia.
Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será indicada quimioterapia ou hormonioterapia. Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das características do tumor e da paciente.
Quimioterapia é o uso de medicamentos, geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a extensão da sua doença. Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de progesterona).
Detecção precoce do câncer de mama:
O exame de palpação realizado pelo médico e a mamografia são os exames realizados para uma detecção precoce desse tipo de câncer.
Como o médico faz esse exame?
O exame mais fácil de se realizar para se detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
A mamografia é um Raio X das mamas e das porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a definir que tipo de alterações são essas.
Esses exames, quando realizados anualmente ou mais freqüentemente, dependendo da história individual da paciente (presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando realizados entre os 50 e os 69 anos.
Porém, este tipo de tumor tem características diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.
Realizar esses exames entre os 40 e os 49 anos pode diminuir a mortalidade por este tipo de tumor, mas o efeito dessa diminuição só se dará quando essas mulheres tiverem mais de 50 anos.