quinta-feira, 5 de julho de 2012

GORDURAS QUAIS COMO E QUANDO USAR

Provavelmente você cresceu ouvindo dizer que elas são vilãs: as gorduras saturadas deveriam passar bem longe do prato de quem cuida do coração. Mas como a Ciência não se contenta com verdades e vive questionando a si mesma, as novidades não param de surgir: a última indica que as gorduras saturadas trazem menos malefícios ao organismo do que se imaginava - calma, ainda não é o caso de encher a geladeira de bacon e queijo amarelo, por exemplo. Mas já dá para encarar um lanchinho sem culpa, caso você não apresente nenhuma restrição prévia a esse tipo de gordura.

O movimento, que faz alarde e causa polêmica entre os médicos brasileiros, começou lá fora: a Food And Drug Administration (FDA), órgão que determina as diretrizes alimentares nos Estados Unidos, consentiu em alterar as quantidades de gorduras que podem ser ingeridas diariamente: desde os anos 1980, a recomendação de consumo para saturadas era de 7%, para poli-insaturadas 11% e para monoinsaturadas 12%, totalizando 30% da nossa dieta diária. Agora, a FDA determinou que o consumo de saturadas deve subir para 10%, o de poli-insaturadas descer para 10% e o consumo de monoinsaturadas chegar a 15%, abrindo mais espaço para as gorduras em nossa ingestão diária - com essas novas diretrizes, o consumo máximo de gorduras por dia subiria para 35%.

"O consumo de carne vermelha, uma das principais fontes de gordura saturada e alvo de muito preconceito, é benéfico para a saúde", afirma o nutrólogo Wilson Rondó, autor do livro Sinal Verde para a Carne Vermelha. O segredo está em balancear as quantidades com outros nutrientes e evitar cortes com gordura aparente ou descartá-la na hora de se servir. Para descobrir se você conhece as diferenças entre os tipos de gordura e sabe como balancear o consumo, responda o teste.