quinta-feira, 17 de junho de 2010

MOTIVAÇÃO - aprendizados

O Inverno está aí, com ele toda aquela preguicinha gostosa que, com a chegada do verão descobre-se que redundou em gordurinhas indesejáveis e mal localizadas. Vamos cuidar, ou pelo menos vou tentar dar a todas as minhas Queridas leitoras subsídios para Levantar fazer o que tem que ser feito, como em qualquer outro tempo. SUCESSO QUERIDAS.

A MOTIVAÇÃO



Se refletirmos sobre alguns dos nossos comportamentos, será mais fácil compreender o conceito de motivação: comemos, bebemos, dormimos, procuramos a companhia dos outros e o seu afeto. No local de trabalho, nas aulas ou no grupo de amigos, esperamos que nos aperciem e que as nossas opiniões e comportamentos sejam aprovados e reconhecidos.


Estes e outros comportamentos têm origem numa força interna que predispõe, que leva as pessoas a desenvolver uma acção com vista a um objetivo: o alimento, a bebida, o sexo, o prestígio, a informação, a aprovação social, o afeto, etc.


Tarefa 1 - Partindo da palavra central, MOTIVAR(-SE) escreve, no quadro aqui ao lado, todas as palavras que este termo te sugere.


Poderemos utilizar o termo motivação para designar o que envolve movimento no comportamento dirigido a um objetivo.


Definição de motivação:


será um conjunto de forças internas que mobilizam e orientam a ação de um organismo em direção a determinados objetivos como resposta a um estado de necessidade, carência ou dese-quilíbrio. A motivação dirige a ação para uma categoria de objetos que satisfazem a necessidade.


O que é então para ti motivar?


Tarefa 2 - Assinale o caráter verdadeiro ou falso das afirmações seguintes.


Motivar é: Faça o exercício....participe, treine-se. MO-TI-VE-SE


- 1. Manipular as pessoas levando-as a fazer o que queriam.


- 2. Dar recursos (como prendas ou dinheiro) às pessoas.


- 3. Fazer com que a outra pessoa faça, o que nós queremos.


- 4. Permitir que a outra pessoa se realize de acordo com as suas necessidades e desejos.


- 5. Levar ao conformismo, ou que as pessoas aceitem a opinião dos outros facilmente.


- 6. Estimular as pessoas para fazerem o que gostam.


- 7. Levantar obstáculos à atividade das pessoas.


- 8. Exercer o poder sobre outra pessoa.


- 9. Criar as condições que permitam as pessoas atingir os seus objetivos pessoais e coletivos.


O CICLO MOTIVACIONAL


O motivo é o estado do organismo pelo qual a energia corporal é mobilizada e dirigida a determinados elementos ou coisas do meio ambiente ou do que rodeia as pessoas; é a razão que leva o organismo a agir. Ao falarmos de motivo, teremos de referir as suas componentes: a necessidade e o impulso.


De um forma geral, os comportamentos motivados são um processo ou sequência motivacional que se traduz num ciclo constituído por 5 momentos:


1 - Necessidade (motivo da ação). O ponto de partida do processo motivacional é o surgimento de uma necessidade. Exemplo – “Estou com muita sede! ”


2 - Impulso. A necessidade desperta um impulso ou pulsão que move o indivíduo impelindo-o a agir. Exemplo – “Tenho mesmo que ir beber água se não fico muito mal, sinto uma força interior que me obriga a agir.”


3 - Ação ou resposta instrumental. Atividade ou comportamento orientado para um objetivo ou finalidade, isto é, ação desenvolvida ou motivada para satisfazer a necessidade. Exemplo – “Vou ao bar pedir que me dêem um copo de água.”


4 - Objetivo ou meta alcançada. Apropriação do objeto que permite satisfazer a necessidade. Exemplo – “Bebo um copo de água.”


5 - Saciedade ou satisfação da necessidade. Eliminação da pulsão. Frequentemente o alívio da tensão provocada pela necessidade é temporário (caso das necessidades fisiológicas), pelo que o ciclo pode começar de novo. Exemplo – “Estou saciado, já não sinto sede.”

Tarefa 3 – Constrói, a partir deste esquema, uma sequência motivacional para os seguintes comportamentos:
1. - Procurar comida;
2. - Ir ao cinema,
3. - Ir à escola.



Vamos agora identificar e caracterizar os diferentes tipos de motivos


Presentemente, os psicólogos concordam todos em agrupar os diferentes motivos nas seguintes categorias:


1. Impulsos básicos (ou primários)


2. Motivos sociais


3. Motivo para estimulação sensorial


4. Motivos de crescimento


5. Ideias como motivos


1. Impulsos básicos


Os impulsos básicos são motivos que ativam o comportamento. Este por sua vez, vai satisfazer uma necessidade.


Os impulsos surgem para satisfazer as necessidades de oxigénio (respirar), água (beber), alimento (comer), sono (dormir), sexo, evitação da dor, etc.


O que caracteriza estes impulsos é o fato da sua satisfação ser fundamental para a sobrevivência do indivíduo. Muitas vezes, porém, estes impulsos podem ser influenciados por fatores ambientais, pelas nossas experiências no mundo e modificados por aprendizagem.


Se a fome,se apresenta como uma necessidade básica, o que se come e como se come, são determinados pela sociedade e pela aprendizagem.


A FOME visa atingir a ingestão de alimentos que contêm a energia necessária para a sobrevivência do indivíduo.

O SONO, existem 3 fases distintas no sono: o sono leve, o sono profundo e o sono REM. Ao adormecer entra-se na fase do sono leve, sono que não é totalmente inconsciente, entrando em seguida, no sono profundo. Este surge, mais ou menos, após 50 minutos de ter adormecido.



Após 20 a 30 minutos do sono profundo, surge o sono REM, assim chamado porque os olhos se movimentam rapidamente, com subida da tensão arterial e frequência cardíaca.


A percentagem de sono REM é, durante uma noite de sono, cerca de 30 a 35% nos jovens e de 20 a 30% nos adultos.

A necessidade de ELIMINAÇÃO DAS FEZES E DA URINA também exige prontamente a sua satisfação. Porém, o modo como isso acontece está dependente das normas e das exigências da sociedade
O tempo total de sono profundo aumenta nas noites que se seguem a privações de sono anteriores ou após um dia de trabalho predominantemente físico.

2. Motivos sociais



Estes motivos só se compreendem e explicam pelo fato do homem viver em sociedade. Estes motivos têm por objetivo satisfazer as necessidades que o indivíduo tem de se sentir amado, respeitado, aprovado, etc. Os seres humanos que se sentem amados e apoiados pelos que com eles convivem, têm mais facilidade em enfrentar situações críticas ou períodos de crise.


As pessoas rejeitadas pela sociedade ou que se encontram socialmente isoladas, têm tendência para se sentirem profundamente perturbadas: choram com frequência, negligenciam o seu asseio pessoal e tornam-se apáticas. Muitas das necessidades sociais (também chamadas de secundárias) são veiculadas pela publicidade que, através de cartazes e ideias-chave pretendem criar determinado tipo de necessidades.

3. Motivos para estimulação sensorial



As pessoas e muitos animais necessitam de estimulação sensorial. Várias investigações têm revelado que as pessoas com uma vida muito rotineira têm tendência para o tédio, para a depressão e irritabilidade. Frequentemente, as pessoas privadas durante muito tempo de estimulação sensorial, têm alucinações.


Muitas pessoas, nomeadamente os jovens, sentem uma forte necessidade de procurar excitação em atividades arriscadas, como seja mergulhar, saltar de pára-quedas, etc.


O desejo de realizar experiências fora do comum, mesmo interditas, e a necessidade de jogar, beber c conhecer muitas pessoas, inscreve-se nesta necessidade de estimulação sensorial. Normalmente, os jovens, assim como os adultos, toleram pouco, as experiências repetitivas, monótonas e constantes.


A curiosidade parece estar associada a esta necessidade de estimulação sensorial, de manipular e explorar o ambiente.


As pessoas sentem-se atraídas para o que é novo e desconhecido. Esta característica desde sempre esteve ligada à sobrevivência do indivíduo. A procura de novas experiências desenvolve a sensibilidade perceptiva aumentando a sua competência em termos de habilidade e de conhecimentos que lhe permitem adaptar-se mais eficazmente às novas situações.

4. Motivos de crescimento



Estes motivos estão relacionados com a necessidade de realização pessoal e de competência. As pessoas esforçam-se e trabalham no sentido de aumentar o seu nível de competência e por isso realizam tarefas com graus de complexidade cada vez mais elevados.


As pessoas que fracassam frequentemente nos seus intentos de crescer e realizar-se em função dos seus objetivos, baixam a sua auto-estima e sentem afetada a sua relação com os outros. Estas pessoas estão mal consigo mesmas, não se aceitam muito bem e por isso, também não estão bem com os outros.


Através do esforço do empenhamento e valorizando as suas capacidades, o indivíduo tende a enfrentar situações difíceis, visando o seu .sucesso e a sua realização.

5. Idéias como motivos



Todas as pessoas que vivem em sociedade agem, cm função de determinados valores crenças e metas, em suma de IDEIAS. As idéias podem ser intensamente motivadoras quando se acredita nelas, profundamente. Há determinadas crenças que conduzem a comportamentos por vezes estranhos e incompreensíveis. Por uma questão de fé, muitas vezes, podem-se ingerir produtos que, sendo mortíferos, se pensa que não farão mal.


As idéias constituem uma grande força motivacional. Através delas o sujeito antevê o seu sucesso ou o seu fracasso. As idéias orientam a sua conduta e determinam a força da sua persistência na sua consecução. O comportamento do indivíduo varia na proporção direta da força e da convicção da sua idéia.

Tarefa 4
1.sição aos sociais. Porque?



2. Como é regulada a fome?


3. O que são motivos sociais?


4. Porque é que a satisfação dos motivos sociais é importante para. o indivíduo?


5. Em que consiste a necessidade de estimulação sensorial?


6. O que são motivos de crescimento?


7. Quais as consequências, para o indivíduo, em não conseguir satisfazer a necessidade de crescimento?


8. Porque é que as idéias se apresentam como motivos?


A teoria da motivação apresentada por Maslow - A pirâmide motivacional



" 1 - necessidade de auto-realização
  2 - necessidades de estima
  3 - necessidades de afeto e de pertença
  4 - necessidades de segurança
  5 - necessidades fisiológicas"

Segundo Maslow, as necessidades humanas estariam organizadas numa hierarquia, isto é, não têm todas a mesma importância. Este autor representou a sua concepção através de uma pirâmide em que, na base, estariam as necessidades fisiológicas, e, no cume, as necessidades mais elevadas, que seriam as de auto-realização.



As necessidades fundamentais seriam as necessidades básicas: as fisiológicas e as de segurança. Só depois de estas necessidades estarem satisfeitas se ascende na hierarquia para satisfação de outras mais complexas e mais elevadas. No decurso da sua existência, se não houvesse obstáculos, o ser humano progrediria na hierarquia até ao topo.


Vamos analisar sucintamente cada um dos níveis da hierarquia.

1 NECESSIDADES FISIOLÓGICAS

São consideradas necessidades fisiológicas a fome, a sede, o sono, o evitamento da dor, o desejo sexual, a manutenção do estado interno do organismo. A satisfação destas necessidades domina o comportamento humano. As necessidades de segurança só surgem se estas forem satisfeitas. Assim se explica que pessoas esfomeadas arrisquem a vida para conseguir alimento.


2 NECESSIDADES DE SEGURANÇA


As necessidades de .segurança manifestam-se na procura de proteção relativamente ao meio (abrigo e vestuário), bem como na busca de um ambiente estável e ordenado. O perigo físico provoca insegurança e ansiedade dominando o comportamento do indivíduo. Uma pessoa com medo prescinde da relação com os outros. Os motivos da estima surgem só quando a pessoa se sente segura.


3 NECESSIDADES DE AFECTO E DE PERTENÇA


As necessidades de afeto e de pertença manifestam o desejo de associação, participação e aceitação por parte dos outros. Nas relações íntimas e nos grupos a que pertence, o indivíduo procura o afeto, a aprovação, procura dar e receber atenção.


4 NECESSIDADES DE ESTIMA


As necessidades de estima assumem duas expressões: o desejo de realização e de competência e o estatuto e desejo de reconhecimento. Neste nível da hierarquia das necessidades o indivíduo procura a aceitação dos outros através da sua prática, da sua atuação.


As pessoas desejam ser competentes, isto é, desejam desenvolver atividades com qualidade e serem reconhecidas por isso. Daí se relacionar com estas necessidades a procura do sucesso, do prestígio. A satisfação da necessidade de estima desenvolve nas pessoas sentimentos de autoconfiança; a sua frustração gera sentimentos de inferioridade.


5 NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO


Se todas as necessidades estão satisfeitas, manifestar-se-á a necessidade de auto-realização, isto é. a realização do potencial de cada um, a concretização das capacidades pessoais. Maslow considerava que esta necessidade seria inerente aos seres humanos. A sua concretização varia de pessoa para pessoa: um indivíduo pode auto-realizar-se sendo um atleta de alta competição, outro através das artes plásticas, da música, da investigação científica, da intervenção social, etc. Neste nível da hierarquia das necessidades o indivíduo procura a aceitação dos outros através da sua prática, da sua atuação. As pessoas em procura de auto-realização (que corresponderia a um crescimento pessoal) apresentam algumas características comuns de personalidade: são independentes, criadoras, resistem ao conformismo, aceitam-se a si próprias e aos outros.
O que são, então, pessoas auto-realizadas? São pessoas que:



1 - Atingiram um alto nível de desenvolvimento moral e que se preocupam mais com o bem-estar das pessoas amigas e amadas, com a humanidade, relegando para segundo plano a preocupação consigo próprias.


2 - São criativas, espontâneas e não conformistas, valorizando a independência e a privacidade, a amizade e a intimidade.


3 - Empenham-se numa atividade mais pelo valor próprio que esta possui do que pela perspectiva e expectativa de fama e dinheiro.


4 - Vivem a vida de forma absorvente, intensa, sendo dotadas de um sentido de unidade com a natureza. A este respeito Maslow fala intensificação de experiências que podem conduzir a uma transcendência do eu, a um envolvimento tão completo que a pessoa se esquece de si, dos seus interesses e egoísmos, do que a afasta da unidade com o todo. Não sendo um exclusivo dos auto-realizados estas experiências são mais comuns nestes últimos.


5 - Têm uma visão realista mas positiva da vida como desafio constante que se deve enfrentar.


6 - Apreciam os valores democráticos mas não são convencionais, têm espírito crítico.
O número de pessoas que, segundo Maslow, atinge a auto-realização é muitíssimo reduzido. Largos milhões de pessoas estão a esse respeito limitadas quer pelos padrões culturais do meio quer pela terrível luta pela sobrevivência.

Proponho então que, cada um dando o melhor de Si e com a certeza de que, "NADA É IMPOSSÍVEL PARA QUEM ACREDITA" Consigamos passar para este reduzido grupo. Acreditem - TODOS PODEMOS.

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