"Sono sem barulho,sem interrupções, sem telefone,com cama macia, lençóis de algodão,paz, silêncio,
tranqüilidade.
O sono é o item número um do meu método. É a coisa mais importante, o ponto de partida, a base sobre a qual vai se assentar toda a atividade física - e o ponto de chegada, pois será por meio das boas horas dormidas que se irão operar as transformações feitas pelo movimento.
O sono é o elemento mais importante para todas as pessoas em qualquer atividade profissional, porque é vida. Quem se envolve sadiamente com uma atividade física sistemática tem a obrigação ainda maior de ter um sono mais profundo, mais reparador e de maior duração.
Deve-se acrescentar ao menos uma horinha a mais. Claro que isso dependerá da intensidade do trabalho com o qual você se envolve diariamente. Temos de entender que é justamente durante o repouso total de nossa extraordinária máquina humana que o organismo absorverá e assimilará todo o esforço realizado durante.
É incongruente desperdiçar todo um maravilhoso trabalho feito com o corpo não dormindo o suficiente em qualidade e quantidade.
Porém, de modo geral, as pessoas não dão o devido valor ao sono.
Muitas chegam a achar que é um estorvo em sua vida.
O problema é que a nossa sociedade colocou o homem num tal nível de competitividade, que o sono passou a ser um obstáculo. É preciso trabalhar, render muito, produzir mais. Dormir passou a ser sinônimo de pura perda de tempo.
Esse foi um grande embate que tive nas décadas de 1960 e1970 e até mesmo no final da de 1980. Nessa época, quando apresentava meu método e falava duro que estava errado dormir pouco, as pessoas me olhavam como se eu fosse um ET. E se vangloriavam, achando-se mesmo extraordinárias, fabulosas, porque, dormindo pouco, não perdiam muito tempo. E tinham como objetivo dormir cada vez menos - era uma espécie de competição, principalmente dos grandes empresários e altos executivos, para ver quem dormia menos. Terrivelmente, havia quem já estivesse dormindo apenas quatro horas e sentisse um superorgulho dessa catástrofe para sua saúde.
Cada um de nós tem uma necessidade específica de sono, mas para quase todos essa necessidade costuma girar em torno de oito horas. Quando treinei a tenista Cláudia Monteiro, que foi uma das maiores jogadoras brasileiras da década de 1970, percebi que ela tinha necessidade de dormir dez horas. Quando dormia nove, chegava mal-humorada, irritada e tinha uma péssima performance.
Quando dormia dez ou onze horas, produzia mais, ficava mais entusiasmada, feliz, mas o mais importante é que sua freqüência cardíaca baixava rápido e sua performance era extraordinária. Não havia nada de errado com ela, assim como não há nada de errado com quem dorme sete horas e acorda exuberante. É uma questão fisiológica.
Eu digo que se a pessoa dormir seis horas poderá estar plena, se dormir cinco horas, também. Só que é preciso não esquecer que estará forçando seu organismo a agüentar aquele dia, lançando mão de elementos estimulantes que são carreados para a corrente circulatória para promover seu rendimento. Claro que o organismo se adapta, mas isso tem seu preço. O organismo é como uma conta bancária numa instituição financeira na qual você pode entrar em débito algumas vezes mas não pode estar no negativo o tempo todo, porque o organismo cobra caro. Com juros altíssimos. Acho que somente o organismo cobra mais que as instituições financeiras...Muitas pessoas não distinguem mais o número de horas necessárias para dormir, pois, com cinco ou seis horas de sono, desenvolvem o dia muito bem. Mas isso vem à custa de hormônios
que sobrecarregam a capacidade fisiológica e química do organismo que, embora se adapte, leva a um quadro de trabalho excessivo e por conseqüência envelhecimento precoce.
As pessoas conduzidas por essa sociedade que exerce sobre elas uma competitividade exacerbada, superestimuladas por todos os meios com desafios cada vez maiores, vão perdendo os parâmetros desse valioso momento para o organismo e acabam subestimando o importante mecanismo de reparo do corpo. Criam assim uma verdadeira máscara que não corresponde à realidade e causa um ônus fisiológico para o próprio organismo.
A pessoa que rompe seus limites está numa situação perigosa, não sente dor, não sente cansaço, não sente nada. O cérebro a coloca em estado de alerta e ela rende. Tem gente, por exemplo, que vara noites no carnaval, nos dias seguintes trabalha, ainda bebe, e fala: "Meu Deus, estou um touro, parece que dormi a noite inteira, estou ótimo, maravilhoso". Só que o prejuízo orgânico é grande e o envelhecimento é acelerado. É importante a pessoa perceber que está sendo levada por uma motivação extraordinária, movida a químicas do organismo. mas, se ficar quieta num lugar, vai automaticamente dormir, porque seu organismo está pedindo: "Pelo amor de Deus, jogue-me na horizontal". Se não dormir por bem, dormirá na marra, porque o sistema autônomo dá mais um tempo e depois literalmente "apaga" a pessoa. Quer um exemplo? Motoristas que ultrapassam os próprios limites, não param para descansar e dirigem como se estivessem operando normalmente, de repente "acordam" com o susto do próprio carro que bate, às vezes provocando um acidente Em vista disso, pergunto o seguinte: será que as seis horas que você dorme são o que o seu organismo realmente necessita? Ou será fruto do seu - mau - hábito? Experimente dormir sete, oito horas. Porque tudo na vida é hábito! Então pode ser que você já esteja habituado a dormir somente seis horas. Mas é necessário insistir por dois, três meses. Se depois desse tempo você se sentir mais bem-humorado, com mais disposição e mais tolerância, significa que precisa mudar esse número de horas. Se, por outro lado, após esse tempo experimental você continuar realmente do mesmo jeito e não alterar nada, é porque aquela quantidade de horas é suficiente para o seu organismo realizar imprescindíveis reparos em todos os seus órgãos vitais e colocar você tinindo no outro dia, apto a desenvolver toda a batalha do dia outra vez.
O que costuma acontecer é a pessoa criar um hábito e passar a operar a partir desse hábito como se ele fosse uma necessidade natural, já que seu organismo se adaptou e está funcionando aparentemente bem. Só que essa pessoa está acelerando seu envelhecimento sem saber. Normalmente, as pessoas que dormem pouco têm cabelos brancos prematuramente.
Sugiro ainda que leiam todo o trabalho deste homem e os respetivos comentários de outros especialistas, aqui
Ou A palavra de outro especialista em VIDA - Se interessar, neste link procure pelo capítulo SONO. Ou Ainda
Tal como prometi aí vai matéria sobre sono, e acreditem a maioria de vcs, por mais que ache CHATO, resolveria 75% dos problemas se soubesse DORMIR
Tenham uma ÓTIMA SEMANA
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