sexta-feira, 29 de julho de 2011

A dieta japonesa à base de probióticos e prebióticos


Conheça a dieta japonesa quem tem como base uma alimentação à base de probióticos e prebióticos. As mulheres japonesas são um exemplo a ser seguido quando o assunto é manter o peso ideal. Nos últimos anos, enquanto as taxas de obesidade aumentaram no mundo inteiro, e o Índice de Massa Corporal (IMC) dobrou, estudos constataram que há 30 anos as japonesas apresentam o IMC estável, na faixa de 22 - número considerado excelente no quesito saúde e corpo magro.


O segredo? A escolha certa dos alimentos que elas levam à boca. Por muito tempo acreditou-se que tudo isso era resultado da dieta rica em peixes, mas pesquisa realizada pela Universidade de Washington (EUA) revela que existe uma grande possibilidade de os efeitos virem dos probióticos (alimentos à base de micro-organismos vivos, que regulam a flora intestinal), já que o Japão responde pelo consumo de 40% desse grupo alimentar no mundo.

O que são probióticos?

Algumas "bactérias do mal", que vivem em nosso intestino, retiram calorias extras da comida dobrando o acúmulo de gordura. As "bactérias do bem", mais conhecidas como lactobacilos e bifidobactérias e que estão presentes nos probióticos (leites fermentados e iogurtes), combatem esse distúrbio. Com ação antibacteriana e antimicrobiana, elas minimizam os micro-organismos indesejáveis, melhorando a imunidade.

"Existem trilhões de bactérias em nosso corpo. Se pudéssemos pesá-las, elas chegariam a 4 kg!", diz Tamara Mazaracki, médica nutróloga (RJ).

O que são prebióticos?

Alimentos de origem vegetal, principalmente cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel, cerveja, chicória, alho-poró, aspargos e alcachofra. "Eles são ricos em fibras que o corpo não digere e, por isso, sofrem um processo de fermentação que alimenta os probióticos", explica a nutricionista Patrícia Ornellas, do Spa Saison, de Itaipava (RJ).

Essas fibras insolúveis colaboram para que o intestino absorva apenas as substâncias necessárias, eliminando o excesso de glicose (açúcar) e colesterol. "Isso significa redução de calorias, afastando o ganho de peso", salienta a nutricionista. Os prebióticos ainda retardam a absorção dos nutrientes promovendo sensação de saciedade.

Menu antigordura

Adote este cardápio criado pela nutricionista Patrícia Ornellas, do Spa Saison, de Itaipava (RJ), para secar até 6 kg em duas semanas. Com 1 000 calorias, ele pode ser seguido por 60 dias.

Café da manhã
Opção 1: 1 fatia de pão integral light com patê de soja sabor ervas + 180 ml de iogurte com fibras sabor frutas vermelhas
Opção 2: 1 fatia de pão integral light com 1 colher de sopa de queijo cottage + 200 ml suco de soja original batido com ¼ papaia
Opção 3: 1 banana média com 1 col. (sopa) de aveia e 1 col. (chá) de mel + 1 xícara (chá) de café com leite com adoçante ou puro
Opção 4: 1 torrada integral com ricota + 180 ml de suco de mamão com acerola
Opção 5: 1 fatia de bolo de aveia (ver receita) + 1 xícara (chá) de chá verde + 1 fatia de melão
Opção 6: 1 fatia de pão 7 grãos com 1 col. (sopa) requeijão light + 180 ml de leite de soja sabor chocolate
Opção 7: 1 iogurte sabor banana com maçã (tipo Activia, Biofibras e Nesvita) + 1 minipão francês com 1 col. (sopa) cream cheese light

Lanche da manhã
Opção 1: 200 ml de suco de uva integral com adoçante
Opção 2: 2 copinhos de leite fermentado (tipo Yakult, Chamyto, Batavito e Vigor Club)
Opção 3: 1 iogurte com pedaços de frutas vermelhas
Opção 4: 2 damascos + 3 ameixas + 150 ml de suco de uva em pó light
Opção 5: 1 tangerina
Opção 6: 100 ml de iogurte natural desnatado batido com gelatina diet de morango
Opção 7: 1 iogurte light de aveia

Almoço
Opção 1: 1 prato (sobremesa) de salada de alface americana e tomate cereja + 1 filé de salmão grelhado + 2 colheres (sopa) de arroz integral + 3 colheres (sopa) de aspargos frescos refogados + 5 morangos
Opção 2: 1 prato (sobremesa) de salada de agrião, rúcula e pepino + 2 col. (sopa) de arroz + ½ concha de feijão azuki + 4 col. (sopa) de brócolis ao alho + 1 hambúrguer de soja (100g) grelhado
Opção 3: 1 prato (sobremesa) de salada de alface crespa com cebola roxa, aipo e rabanete + 1 pegador de espaguete ao sugo + 2 almôndegas de peru
Opção 4: 1 prato (sobremesa) de salada de soja em grãos com tomate, cebola, pimentão colorido e salsa + 1 bife de filé mignon grelhado + 4 col. (sopa) de chicória refogada
Opção 5: Salada de alface com 1 col. (sopa) de cenoura ralada, 1 col. (sopa) de beterraba ralada e 3 folhas de endívia + 1 filé de peixe (dourado) assado + 2 col. (sopa) de batata sautée
Opção 6: 1 prato (sobremesa) de salada de agrião, tomate e abacaxi em cubos + 2 colheres (sopa) de arroz com brócolis  + 1 filé frango temperado com mel e gengibre
Opção 7: 1 prato (sobremesa) de salada de alface, rúcula e nozes moídas + 1 filé de truta ao molho de ervas + 4 col. (sopa) de purê de maçã verde

Lanche da tarde
Opção 1: 1 iogurte zero açúcar rico em fibras
Opção 2: 200 ml de água de coco
Opção 3: 1 taça de 150 ml de salada de frutas
Opção 4: 250 ml leite de soja light sabor chocolate
Opção 5: Mingau de aveia feito com180 ml leite, 2 col. (sopa) de aveia e 1 col. (sobremesa) de mel
Opção 6: 1 iogurte com fibras
Opção 7: 1 iogurte de soja sabor frutas vermelhas

Jantar
Opção 1: 300 ml de sopa de desintoxicação (ver receita) com missô + ½ pera cozida com casca com adoçante culinário
Opção 2: 1 filé de salmão grelhado ao molho alcaparras com 3 col. (sopa) de purê de batata baroa (mandioquinha)
Opção 3: 1 filé frango ao molho de tomate com manjericão + 4 col. (sopa) de berinjela refogada + 1 taça de gelatina diet
Opção 4: 1 prato (sobremesa) de salada de cottage com sardinha, cebola, tomate e orégano + 200 ml de sopa de feijão batido
Opção 5: 1 prato (sobremesa) de salada de alface, pepino e 2 col. (sopa) de palmito + ½ abobrinha recheada com carne moída de soja e 1 col. (sobremesa) de parmesão para gratinar
Opção 6: 1 prato (sobremesa) de salpicão feito com repolho colorido ralado, alface em tiras, tomate em cubos, 1 col. (sopa) de cenoura ralada, cebola, 1 col. (sopa) de iogurte, salsa e azeite + 1 filé de frango grelhado
Opção 7: 1 filé de peixe assado + 2 col. (sopa) de arroz com chicória + 4 col. (sopa) de tomate refogado com cebola e alho

Dicas importantes

· Tome café preto sempre com adoçante
· Gelatina diet está liberada (pode comer à vontade como sobremesa)
· Sobremesa só na segunda-feira mesmo (para não extrapolar o número de calorias diárias)
· Leite sempre desnatado
· Limonada pode tomar à vontade com adoçante ou zero açúcar em pó

Que tal uma sopa para desintoxiar o organismo?
Foto: Dreamstime

Receita

Sopa  desintoxicação

Ingredientes
· 2 cebolas médias
· ¼ abóbora baiana
· 1 berinjela média
· 1 nabo redondo médio
· 1 abobrinha grande
· 1 aipo, 1 alho poró
· 2 tomates
· 4 dentes de alho
· 1 col sobrem óleo de girassol
· Salsa a gosto
· 500ml de água

Como fazer:
Em uma panela, refogue a cebola e o alho. Coloque  os legumes em cubos, cubra com água. Leve ao fogo por 20 a 25 minutos ou o suficiente para que os legumes estejam cozidos. Desligue o fogo e salpique a salsa picada. Sirva quente

Bolo de aveia

Ingredientes
· 2 ovos
· 140g de aveia em flocos finos
· 100g de farinha de trigo
· 50g de margarina light
· ½ xícara de adoçante forno e fogão
· 1 colher de chá de canela em pó
· 1 colher de sopa de fermento químico
· 2 maçãs raladas
· 30g de passas (hidratadas em ½ xícara de água)
· 30g de nozes picadas

Modo de preparo:
Bater no liquidificador os ovos com a margarina, o adoçante e a canela. Acrescentar a aveia, a farinha, o fermento e misturar bem. Sem bater, acrescentar as maçãs, as passas, as nozes e misturar bem. Untar uma forma de bolo inglês, polvilhar com aveia e deixar descansar por 30 minutos. Assar em forno pré-aquecido por aproximadamente 45 minutos.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Probióticos - Mitos e Verdades


Descubra os mitos e verdades sobre os alimentos probióticos 

e aprenda a incluí-los em sua alimentação.




1. Probióticos também podem ser chamados de prebióticos.

MITO.
Prebióticos e probióticos são diferentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os probióticos são micro-organismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde. Já os prebióticos são alguns tipos de fibras que servem como substrato para os probióticos no trato gastrintestinal. Prebióticos são importantes para que os probióticos possam crescer, se desenvolver e trazer benefícios ao nosso organismo.

2. Todas as bactérias que não causam doenças aos seres humanos podem ser probióticos.

MITO.
Não existem apenas bactérias patogênicas, que causam doenças, ou as benéficas, como o caso dos probióticos. Existem outras classes de bactérias no meio ambiente e na microbiota intestinal que não têm exatamente uma função definida. Além disso, existem algumas premissas para a bactéria ser considerada probiótica: necessita ser um micro-organismo que chegue vivo e ativo no intestino; ser comprovadamente seguro; exercer benefício clinicamente comprovado e permanecer vivo, estável e estar em quantidades suficientes na forma de células vivas no produto até o prazo final de validade.

3. Probióticos da mesma espécie promovem o mesmo benefício.

MITO.
Quando se fala em probióticos, cada família do micro-organismo caracteriza uma ação específica no organismo. Mesmo que a espécie e subespécie sejam as mesmas, a família diferencia completamente o benefício que ela pode proporcionar. Estudos também apontam que os probióticos do tipo lactobacilos equilibram a flora intestinal, parte fundamental das defesas do organismo, podendo contribuir para uma modulação da resposta imunológica.

4. As bactérias cumprem papeis importantes na saúde do individuo.

VERDADE.
As bactérias habitam o nosso trato gastrintestinal e produzem, por exemplo, vitamina B12, vitamina K, ácido fólico e biotina. O intestino e a flora cumprem diversos papeis relacionados ao funcionamento do corpo humano. O intestino é o principal ponto de contato do corpo com o meio externo e é onde se encontram cerca de 70% das células de defesa, por isso manter a flora equilibrada é um dos fatores importantes para boa saúde.

5. As bactérias interferem na imunidade.

VERDADE.
O trato gastrintestinal é o órgão com maior superfície de contato com o meio externo, sendo que cerca de 70% das nossas células de defesa encontram-se no intestino. Por isso, manter a saúde da flora intestinal pode trazer inúmeros benefícios como ajudar na manutenção da imunidade. No intestino possuímos células especializadas que reconhecem a superfície externa das bactérias. Se a bactéria for um probiótico, as células vão identificar como micro-organismo benéfico, sem ativar resposta agressiva. Se for uma Salmonella, por exemplo, a resposta será agressiva para eliminar a bactéria patogênica.

6. Uma vez estabelecida a flora intestinal, ela permanece inalterada ao longo da vida.

MITO.
Cada organismo possui um tipo de assinatura da flora intestinal. No nascimento se inicia constituição da microbiota (flora), que se forma durante os primeiros meses do período de lactação. Porém, existem outros fatores que interferem na modulação da flora, como stress, má alimentação, medicamentos, contaminantes de alimentos, aditivos, hormônios. Esses fatores interferem na flora, que pode se modificar ao longo da vida.

7. O consumo de probióticos deve ser apenas por um período até que se obtenha o benefício.

MITO.
A flora pode sofrer algumas alterações ao longo da vida e, por isso, é importante o consumo frequente de probióticos para ajudar na manutenção do seu equilíbrio. O probiótico não coloniza o intestino, portanto para manter seu benefício, deve ser consumido regularmente.

8. O alimento ao qual o probiótico está inserido interfere na sua ação.

VERDADE.
O alimento interfere sim. Vários estudos mostram que a matriz em que o probiótico está inserido é importante. A matriz preferencial é a láctea, na qual existem substratos para fermentação para que se produzam as substâncias que conferem benefícios. A matriz láctea é a preferencial por causa de suas características: como substrato, pH favorável, e por ser veículo de probióticos de fácil inserção na dieta para que seu consumo seja frequente.

9. Os iogurtes podem ser considerados probióticos, já que contêm bactérias provenientes da fermentação.

MITO.
As bactérias que fermentam o iogurte normal não são consideradas probióticas, pois não chegam vivas ao intestino. Por isso nem todo iogurte é probiótico. Para tirar a dúvida, leia os rótulos dos produtos e identifique se eles contêm bifidobactérias ou lactobacilos, os tipos mais comuns de probióticos encontrados nos alimentos.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Obesidade...Cortando o Mal pela Raiz.

Há algo que precisamos ter em mente os médicos não entendem ou não querem entender de Nutrição, na verdade é uma boa dose de cada. Na verdade basta olhar para "ELES" alguém bem nutrido nunca está fora do peso ideal, o Obeso é sempre ou principalmente um subnutrido. Querem ter uma ideia de porque os poucos que sabem algo sobre o assunto nada fazem? Pois bem, leiam: "O que o seu médico não sabe sobre medicina Nutricional pode estar matando você" Leia, depois me conte o que achou. Então precisamos aprender e uma vez conhecedores temos a obrigação d ensinar.

                Obesidade infantil: como educar os pais
A obesidade infantil tem sido um tema mundialmente abordado. Nos Estados Unidos a primeira dama Michele Obama se encarrega de encabeçar uma grande mobilização em favor da alimentação saudável para os pequenos. O badalado chefe de cozinha Jamie Oliver iniciou um programa chamado Revolução Alimentar, que engloba vários projetos incluindo aulas de culinária e orientação alimentar nas escolas e nas comunidades. Percorre os Estados Unidos em um grande caminhão transformado em uma moderna cozinha móvel. Tudo com intuito de mudar os hábitos da alimentação americana com um foco bem estabelecido na educação alimentar infanto-juvenil.

Voltando à dura realidade brasileira, o que deparamos em nosso atendimento médico e nutricional às crianças com sobrepeso e obesidade são as grandes dificuldades em educar e mobilizar as famílias em prol da saúde de seus filhos. Quando analisamos que os Estados Unidos estão se mobilizando para voltarem a cozinhar, no Brasil nós estamos num movimento contrário. Por aqui, há poucos anos, as famílias ainda faziam suas refeições à mesa, muito provavelmente isso ainda ocorria na casa dos avós dos nossos pequenos pacientes. Hoje, as cozinhas são adornos totalmente dispensáveis nos apartamentos modernos e as crianças permanecem a mercê dos lanches, "deliveries" e congelados. As conseqüências da alimentação dos adultos nos hábitos das crianças Quando abordamos os jovens casais sem filhos e com problemas de sobrepeso e obesidade, eles, desde então, se colocam avessos a idéia de prepararem suas refeições. Quando então indagados de como seria a vida familiar com a provável chegada de um filho, a resposta é sempre a mesma. "Quando acontecer, nós pensaremos em mudanças." Essa atitude mostra como será a alimentação dessa geração de crianças, que não terão a oportunidade de um vínculo com alimentação saudável. Seus vínculos terão fortes influências dos lanches, "deliveries" e congelados. A escolha do alimento é da responsabilidade dos pais, portanto são eles que devem ter uma programação de supermercado que atenda a um cardápio saudável e diversificado. Comprar bolachas recheadas e salgadinhos em pacotes e se queixar que o filho come muito, é no mínimo incoerente. Muitas crianças já chegam ao consultório com as conhecidas complicações da obesidade encontradas comumente em adultos. Elas apresentam alterações no colesterol, quadros de hipertensão arterial, acúmulo de gordura no fígado, alterações na insulina e no açúcar do sangue. Essas alterações estão sabidamente relacionadas à doença cardiovascular nos adultos e impõem às crianças um risco muito maior, pois a interferência na saúde dos pequenos ocorre desde muito cedo.Como programar corretamente a alimentação das crianças O café da manhã, muitas vezes, é a única refeição possível de reunir a família. Não se pode, na correria do dia a dia, omitir essa refeição. Comer na padaria ou na cantina da escola também não são alternativas. Vale a pena preparar uma mesa com leite e derivados, pães, frutas e cereais. Isso leva muito pouco tempo e serve de estímulo para a continuidade do cuidado com as refeições ao longo do dia. Sempre que possível, os pais devem preparar em casa os lanches escolares. As cantinas são sempre um risco com seus salgadinhos fritos, pizzas, refrigerantes e até hambúrgueres. Apesar de serem cômodas aos pais, elas não são boas opções para os lanches das crianças. Assim, mais uma tarefa para os eles, prepararem lanches saudáveis e saborosos para competir com a sedução dos lanches das cantinas. Vale utilizar pães de forma, bisnaguinhas, embutidos como peito de peru e presunto magro, queijos e patês. Podem ser acompanhados com sucos de frutas ou água de coco. Vale utilizar a imaginação e considerar as preferências de cada criança. O almoço geralmente ocorre longe dos pais. Algumas vezes, em casa com a empregada e outras vezes, na casa dos avós. Em casa, esse controle é mais fácil para aqueles pais que estão dispostos a interferir ativamente na alimentação das crianças. Eles podem elaborar o cardápio, fazer comprar condizentes com ele e orientar sua empregada a seguir a programação. Na casa dos avós, a situação é mais cômoda para os pais que preferem delegar suas responsabilidades. Nessas condições, eles não podem definir as refeições que serão servidas aos seus filhos. Também não podem exigir dos avós atitudes de pais. O grande problema das tardes, são os beliscos. As despensas são lotadas de guloseimas e as crianças acabam não tendo um lanche da tarde bem definido. Comem a revelia, durante todo o período, enquanto assistem TV, fazem tarefa ou estão no computador. Aqui também vale uma programação dos pais para os lanches da semana e um melhor controle pode ser alcançado com compras de supermercado condizentes.Não há como habituar uma criança a jantar quando seus pais não fazem essa refeição. Chegam do trabalho à noite e se dizem sem vontade de comer "comida". Preferem lanchar e esse hábito é desde cedo incorporado pelas crianças. Se essa for realmente a única opção dessa família, então ela tem que se adequar em programar lanches saudáveis e bem definidos, capazes de oferecer às crianças os nutrientes que elas precisam. Aqui, vale lembrar que os lanches devem ter a conotação de um jantar, serem realizados à mesa e terem começo, meio e fim. Ao levantarem da mesa, a família deve entender que essa foi a última refeição do dia. Enquanto as campanhas governamentais não chegam ao Brasil, os pais devem tentar rever seus hábitos e mudá-los em favor da saúde dos seus filhos. Isso não só será útil para as crianças, como para a saúde dos próprios pais. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

A sustentabilidade alimentar rumo aos 9 bilhões de habitantes

A população mundial dobrou nos últimos 50 anos e as perspectivas de alcançarmos os 9 bilhões de habitantes em meados desse século, leva-nos a ampliar nossos horizontes do conhecimento médico e nutricional para além das fronteiras dos nossos compêndios. Oitenta milhões de pessoas aumentam esse contingente de demanda alimentar todos os anos, mais intensamente nos países em desenvolvimento. Frente a tamanho desafio, a pergunta aflitiva que nos vem à cabeça é até quando nossos recursos naturais poderão atender as necessidades do planeta?

A crise dos alimentos que vem ocorrendo nesse ano de 2011, de certa forma nos pegou de surpresa, pois pensávamos haver superado a pior crise em 2008 e que tivéssemos aprendido com ela. Infelizmente, a nossa falta de percepção global, em termos de economia, nos impede de entender como a cascata que ocorre com os alimentos, desde a sua produção até a nossa feira e supermercado semanais, pode influenciar nossa economia doméstica. O que é pior, não entendemos que a crise é complexa o bastante para ser resolvida a curto prazo, pois depende do envolvimento de todas as esferas da sociedade e isso não é simples. 

A feroz escalada dos preços e suas causas

Os preços dos alimentos vem se elevando de forma nunca vista. Segundo a FAO, órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação, em janeiro, o índice atingiu 230,7 pontos, revelando mudanças drásticas nos preços de uma cesta básica de alimentos composta por cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar. Isso significa que estamos passando por turbulências mais fortes que as registradas em 2008, época da pior crise dos alimentos até então vivenciada pelo mundo moderno, espalhando a fome pelo mundo, afetando, principalmente, os países mais pobres.

Se tentássemos rastrear o curso dos nossos alimentos, nós iríamos deparar com as reais influências da escassez e de sua conseqüente elevação dos seus preços. Entenderíamos que atualmente concorrem para esse estado de coisas não apenas o aumento populacional, mas também as grandes dificuldades em se aumentar a produção. Além disso, os grãos passaram a ser convertidos em combustível, numa concorrência desleal com os nossos pratos, pois a economia doméstica não pode pagar os preços dos grãos, agora atrelados aos preços do petróleo. De acordo com Mirian Leitão, "o etanol de milho, de fato, provocou uma reação em cascata. Subsidiado, o milho para produzir álcool ficou mais caro e contaminou os preços do milho tradicionalmente produzido, que tinha custos menores. E foi além: contaminou o preço da soja e do trigo, que competem com o milho. Subiu o preço da ração animal e, assim, elevou o preço da carne."

As influências ambientais não deixam por menos. De acordo com Lester R. Brown, diretor do Earth Policy Institute, em seu último artigo no jornal Estadão, " do esgotamento dos lençóis freáticos à erosão dos solos e às conseqüências do aquecimento global, tudo leva a crer, que a oferta mundial de alimentos provavelmente não acompanhará nossos apetites coletivamente crescentes." As donas de casa não estão totalmente erradas quando resumem a alta dos preços dos alimentos às mudanças climáticas, pois de acordo com os ecologistas, para cada grau de temperatura acima do esperado para a estação, espera-se uma quebra de 10% no rendimento dos grãos. O Oriente Médio árabe passa pela primeira experiência de redução na produção de grãos pela escassez de água e ja se fala em desertização de áreas anteriormente produtivas reveladas pelos satélites.

Tentativas questionáveis para se debelar a crise

As terras estrangeiras passaram a ser cobiçadas por países ricos com o objetivo de atender às suas demandas de terras cultiváveis para produzir grãos. Países como a Arábia Saudita, Coréia do Sul e China passaram a arrendar ou comprar terras em outros países com esse intuito. Os solos escolhidos foram principalmente na África e acabaram sendo negociados por menos de US$2,5 por hectare/ano. Se pelo menos essas transações visassem aumentar a produção de alimentos, elas poderiam ser reavaliadas e vistas como uma possível salvação para a crise. Entretanto, de acordo com o Banco Mundial, apenas 37% desses cultivos serão direcionados à produção de alimentos. A maior parte, entretanto, se destina a produção dos biocombustíveis. 

No Brasil, a crise dos alimentos também não pode dar o aval ao desmatamento irresponsável e a degradação do solo. A perda de recursos hídricos e do solo fértil só agravará o problema para as gerações futuras, além de causar o enriquecimento de poucos. Não se trata de optar entre salvar as florestas ou a vida de brasileiros famintos. As pessoas ainda tem dificuldade de entender a guerra entre ambientalistas e ruralistas no Congresso Nacional pelo embate na votação do Código Florestal. Todos eles tem argumentos que parecem coerentes. Mas é do Brasil aprender que pode ser produtivo e cultivar sem degradar. Temos terras férteis, muitas terras Temos gente brava e trabalhadora. Não podemos conviver com os desmatamentos irracionais e criminosos, não podemos tolerar a impunidade dos crimes contra ambientalistas que morrem enquanto tentam defender os recursos naturais que é de todos os brasileiros.

Concordo que temos problemas sérios pela frente,e acho que a sociedades deviam se engajar nisso de forma séria e consciente. Precisamos realmente parar de esperar, porque todos sabemos que seja qual for o problema, sempre virá alguém com a solução. Porque, não olharmos para este Mundo maravilhoso com o olhar de algo que é Nosso e precisa ser por nós cuidado?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Coisa é tão séria como ISSO...


Onde está o nosso alimento?
Como naqueles livros infanto-juvenis onde tínhamos que encontrar o menino chamado Wally em meio a uma grande e complicada ilustração, também hoje estamos a procura dos alimentos utilizados pela indústria. Em meio a tantos ingredientes confusos e desconhecidos, onde está o nosso alimento? Esse tema mobilizou a mais brilhante conferência realizada no 71º. Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA), realizado em San Diego na ultima semana do mês de junho passado. 

A conferencista, Dra Barbara Corkey, descreveu a presença de cerca de 400 aditivos alimentares, utilizados pelos fabricantes de alimentos, praticamente desconhecidos. Ninguém sabe ao certo quais seriam os seus efeitos a longo prazo em nosso organismo. A pesquisadora partiu de um exemplo bem definido: um sorvete fabricado nos Estados Unidos com 20 itens em sua lista de ingredientes, dos quais apenas 4 deles eram alimentos e os outros 16 eram aditivos. Entre eles, corantes, conservantes, aromatizantes, espessantes e os adoçantes artificiais. 

Realmente, os nossos alimentos não são mais os mesmo, nas palavras da Dra Corkey. A indústria vem conseguindo associar centenas de aditivos que dão aparência, cor, sabor e aroma aos alimentos, tornando-os irresistíveis. Além de tudo isso, eles conseguem ser competitivos e ainda passam uma idéia irreal de alimento saudável. 

A pesquisadora demonstrou que um dos mais conhecidos e utilizados espessantes para a produção de alimentos industrializados, o monoacilglicerol, assim como um dos adoçantes mais comuns usados na indústria dos alimentos diets e lights, a sacarina, causariam
aumento da produção de insulina e maior propensão à obesidade e ao diabetes. 
 
Muitos podem pensar que insulina em excesso pode ser benéfico, pois sempre relacionam falta de insulina ao diabetes. Na verdade, o diabetes de maior prevalência no mundo cursa com obesidade e excessiva produção de insulina. Esse quadro revela uma menor eficácia desse hormônio, que passa a ser produzido em maior quantidade, justamente para compensar essa alteração. 

Na verdade, quando olhamos para os rótulos dos alimentos industrializados, não conseguimos encontrar o Wally que representa o nosso verdadeiro alimento. Esse trabalho científico e o prêmio que enriqueceu o currículum da Dra Barbara, devem servir de alerta para uma nova atitude que pode trazer de volta o alimento saudável ao nosso prato. Os cereais, frutas, verduras e legumes frescos que o Brasil sempre produziu em abundância e alimentou seu povo. 
CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como lidar com a diabetes e não perder o pique na corrida

Não é para assustar, é só para falar de coisas sérias e que são uma PANDEMIA....Há Nunca se dê por ENCIDA (O).

Se a diabetes faz parte da sua vida, corra para não deixá-la ditar as regras

São Paulo - Silenciosa e implacável, ela avança pelo mundo. Hoje, 285 milhões de pessoas têm diabetes melittus, segundo a Federação Internacional de Diabetes. No Brasil, são quase 10 milhões (eram 7 milhões em 2007 e devemos chegar a 17 milhões em 2030).
A diabetes é uma disfunção que eleva o nível de açúcar (glicose) no sangue, causada pela diminuição total ou parcial da quantidade ou da ação do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas. A insulina é responsável por atuar sobre o açúcar, retirando-o do sangue para ser usado pelas células como energia.
Com insulina "de menos", o nível de açúcar no sangue vai às alturas, aumentando as chances de o indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares e ter complicações em diversos órgãos, que podem inclusive levar à cegueira e até à morte. "Como na maioria dos casos a doença não apresenta sintomas na sua evolução, metade dos diabéticos não sabe que tem o problema. Em função do estilo de vida sedentário e do crescimento da obesidade, a diabetes vem se manifestando mais cedo, entre crianças e adolescentes", afirma o endocrinologista Roberto Betti, chefe do Centro de Diabetes do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
O melhor remédio
A gordura corporal, principalmente a visceral, por trás da barriguinha, é a principal culpada por diminuir a sensibilidade à insulina. É aí que a corrida pode ajudar. É possível prevenir a doença, especialmente a diabetes tipo 2, a que mais cresce na população mundial. Principalmente se o exercício for aliado a uma dieta equilibrada. "Essas medidas podem reduzir em 58% o risco de diabetes após três anos, sem a necessidade de medicamentos", diz Betti.
A recomendação do American College of Sports Medicine é de pelo menos 30 minutos de atividade leve a moderada por dia, cinco vezes por semana. "A corrida combate a obesidade e atenua os riscos cardiovasculares, que são as principais causas da diabetes tipo 2. Aumenta a sensibilidade à insulina e regula processos metabólicos, melhorando a eficiência do corpo em gerenciar a glicemia [concentração de glicose no sangue]", diz a endocrinologista Karla Melo, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Atividades físicas como a corrida são especialmente indicadas para quem tem propensão a desenvolver diabetes, ou seja, pessoas com sobrepeso que já sofrem alterações na glicemia, que nelas costuma ficar entre 100 e 126 mg/dl (miligramas por decilitro de sangue) em jejum. Como é uma situação que ainda pode ser revertida, a mudança de hábitos deve ser imediata, incluindo também a alimentação. Segundo Joyce Mourão, nutricionista do Hospital Oswaldo Cruz, o ideal é evitar alimentos ricos em açúcar, gordura e farinha refinada e priorizar os carboidratos complexos sobre os simples. Segundo a Associação Americana do Coração, quem come de duas a cinco porções de arroz integral tem 11% menos chance de desenvolver a diabetes tipo 2. Já quem come de duas a cinco porções de arroz branco por semana tem 17% a mais de chance de ter a doença.
Corrida e diabetes
Uma vez instalada a diabetes, o jeito é mantê-la sob controle. E a corrida é uma poderosa ferramenta nessa tarefa. "Ao tornar o organismo mais sensível à insulina, o exercício pode reduzir ou dispensar o uso do hormônio injetável ou medicamentos orais. Por isso, hoje já é prescrito como coadjuvante no tratamento", afirma Páblius Braga, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.
Além disso, o melhor condicionamento físico atua diretamente na redução dos riscos cardiovasculares - 73% dos diabéticos também têm hipertensão -, reduzindo o LDL, o "colesterol ruim", e os triglicérides. Combinada com a alimentação adequada, a corrida mantém a glicemia sob controle e afasta possíveis complicações da diabetes.
Esportes e diabetes lado a lado
Diabético tipo 1 desde os 4 anos de idade, o consultor de RH Alexei Ângelo Caio, 35 anos, que vive em São Paulo, conta que praticou vôlei, ciclismo, ginástica olímpica e artes marciais na adolescência. Hoje, divide-se entre as aulas de aikidô e as ultramaratonas. Em 2009, completou em trio os 217 km da BR-135, considerada a prova mais difícil do Brasil pelo sobe e desce constante da serra da Mantiqueira. "Consigo ter uma vida saudável e praticamente sem restrições, por saber manter a diabetes controlada."
Durante mais de dez anos, Alexei, que corre com seu kit de monitoração e faz de 15 a 20 exames de ponta de dedo por dia, registrou seus dados metabólicos e as respostas glicêmicas antes, durante e depois dos treinos. "Hoje, isso me dá um autocontrole maior e até uma vantagem competitiva sobre os outros atletas não-diabéticos, que muitas vezes enfrentam dificuldades com uma hipoglicemia ou desidratação por não saberem identificá-las."
Comer para correr
O advogado paulistano Marcello Junqueira, 29 anos, é um exemplo de que apenas a corrida não faz milagre. Mesmo treinando regularmente desde 2004 e tendo feito uma maratona, ele descobriu que tinha diabetes tipo 2 em 2008, em um exame de rotina por causa de uma virose.
"Tenho predisposição familiar, mas não me preocupava com nada. Era do grupo que corria para comer e por causa disso sempre mantive um sobrepeso. Só emagreci mesmo quando descobri a doença e mudei a dieta", conta Junqueira, que cortou o açúcar, inclusive a frutose: não toma nem suco, só come a fruta, in natura. Também reduziu os carboidratos, priorizando os complexos, aumentou a ingestão de proteína magra, de legumes e verduras. Com isso, reduziu seu percentual de gordura de 17% para 12%. Hoje, continua correndo, agora para manter a diabetes sob controle.
Um novo atleta
Mesmo para quem já tinha experiência de treino, como o administrador carioca Kenner Assis, 43 anos, a diabetes exigiu um novo aprendizado. "No início foi um susto. Sempre fiz esporte, então fiquei revoltado quando descobri que tinha a doença. Mas quando resolvi aceitar, passei a buscar informações e fui percebendo que poderia continuar com tudo. Mas, precisei entender a importância do tripé medicação-alimentação-exercício", conta.
Kenner passou a planejar seus treinos com uma equipe multidisciplinar (que incluía profissionais de educação física e nutrição), tendo que muitas vezes frequentar o hospital quando negligenciava alguns cuidados. Depois da diabetes, passou a praticar triatlo [modalidade que inclui corrida, natação e ciclismo], já fez algumas ultramaratonas e participou três vezes da Volta na Ilha, em Florianópolis (prova de revezamento cujo objetivo é dar a volta completa à Ilha de Florianópolis, em Santa Catarina, em um percurso de 150 km). "É preciso desmistificar a ideia de incapacidade dos diabéticos", diz.
Hora de treinar
Aprenda a correr com segurança
No treinamento do diabético, é fundamental o acompanhamento de um médico e de um profissional de educação física, pois até mesmo os corredores mais experientes estão sujeitos a alguma ocorrência. "Na última Maratona de São Paulo, tive uma hipoglicemia no km 28 por causa de um gel que fermentou no estômago", diz o ultramaratonista Alexei Ângelo Caio.
"A esteira pode ser muito útil para os iniciantes na definição de parâmetros. Costumo usá-la com os alunos, que correm, ingerem carboidrato e fazem o exame de ponta de dedo a cada meia hora de corrida para ver como o corpo responde", diz Emerson Bizan, diretor técnico da assessoria esportiva Nova Equipe, de São Paulo. Ele, que é diabético tipo 1, decidiu se especializar na corrida após perceber em si mesmo os benefícios da atividade no alívio das crises de hiperglicemia. Hoje contabiliza 43 maratonas no currículo.
Segundo Bizan, tanto o planejamento e a estrutura do treino (em rodagens, intervalados e longões) quanto a progressão são os mesmos de um não-diabético. "A diferença está no cuidado com a hidratação e a reposição energética ao longo do exercício, que precisam ser acertadas de forma individual. Mas, com as informações glicêmicas, é fácil prevenir qualquer desconforto. Esses dados trazem ainda vantagens para a recuperação pós-treino do diabético, que fica mais fácil e até mais rápida", diz o treinador.
Reposição energética
Em geral, corridas de 5 a 10 km são curtas e por isso não exigem exames de ponta de dedo ou ingestão de carboidratos durante o exercício, desde que isso tenha sido feito antes. Para provas acima dos 10 km, a tendência é a glicemia baixar durante o exercício. A recomendação padrão é a ingestão de 15 a 20 g de carboidrato simples a cada meia hora, com a medição da glicemia logo depois. "É possível usar o sachê de gel, mas algumas pessoas sentem desconforto pela alta concentração de carboidrato, preferindo usar balas de goma, sachê de mel, Coca-Cola, isotônico, maltodextrina diluída e até geleia de mocotó", diz Bizan.
"Uma boa estratégia para indivíduos com maior propensão a ter hipoglicemia é realizar um sprint de 10 segundos a cada 20 minutos de corrida", diz a endocrinologista Karla Melo. Isso aumenta a concentração de hormônios como cortisol e adrenalina, que prejudicam a ação da insulina e, por isso, o açúcar no sangue sobe.
Hidratação
Assim como para qualquer pessoa, a recomendação é de que corredores diabéticos façam a ingestão de 250 ml de líquidos a cada 15 ou 20 minutos de atividade. "Em casos de hiperglicemia, onde há maior propensão à desidratação e cãibras, o mais indicado são produtos livres de carboidrato, mas que mantenham os sais minerais, para separar a reposição hídrica da energética", diz Sônia de Castilho. Um exemplo desse tipo de repositor eletrolítico disponível no mercado brasileiro é o Suum, na forma de uma pastilha efervescente.
Aplicações na "pista"
O diabético terá que se acostumar a tomar medidas de controle na corrida. Quando a taxa glicêmica estiver alta, é necessária a aplicação imediata de uma dose de insulina. Evite aplicá-la no grupo muscular que está sendo usado no exercício, pois a maior circulação sanguínea na região aumenta o poder de ação da insulina, trazendo o risco de uma hipoglicemia reativa. Diabéticos tipo 1 ou tipo 2 usuários de insulina devem sempre levar consigo algumas doses de emergência, junto com seus monitores de glicemia. "E, como os efeitos do exercício prevalecem horas após o treino, é preciso reajustar a dose de insulina nesse período", diz Ana Ramalho.
Há três formas possíveis de aplicação da insulina: por seringa, caneta de aplicação descartável ou bomba de infusão, semelhante a um pager com uma cânula que injeta a insulina de forma gradual e contínua. Nas provas e treinos, ao usar tanto a seringa quanto a caneta, procure não levá-las já preparadas para evitar vazamentos e risco de contaminação. Leve o kit fechadinho, pare no canto da pista, faça a aplicação e só então retome a corrida. Atenção: não tente aplicar a insulina em movimento.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dúvidas sobre...as chamadas "bactérias do bem"

Probióticos:

Conheça as principais respostas sobre probióticos , descubra em quais alimentos encontra-los e melhore a sua saúde com as "bactérias do bem"

1. O que são probióticos?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), probióticos são micro-organismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde. Para receber essa classificação, o micro-organismo precisa chegar ativo no intestino e estar em quantidades suficientes na forma de células vivas no alimento até o prazo final de validade.

2. Em que tipo de alimentos eles estão presentes?

Os principais produtos alimentícios comercializados no mundo contendo culturas probióticas são leites fermentados, iogurtes e até queijos. Porém, vale destacar que nem todos os produtos lácteos contêm probióticos. Para tirar qualquer dúvida, é recomendável sempre ler os rótulos dos produtos e identificar se eles possuem bifidobactérias ou lactobacilos, os tipos mais comuns de probióticos encontrados nos alimentos.

3. Nós já possuímos micro-organismos em nosso intestino: então, qual a importância de ingeri-los por meio de nossa alimentação?

O intestino contém bactérias consideradas benéficas, bactérias prejudiciais à saúde e bactérias que não produzem impactos negativos ou positivos ao organismo. Elas habitam o intestino, fazendo parte da flora intestinal, que, no humano adulto, é composta por mais de 500 espécies de micro-organismos.
Esses micro-organismos já presentes em nosso intestino são extremamente adaptáveis e devem viver em equilíbrio. Entretanto, quando ocorre um desequilíbrio, devido à má alimentação, fatores emocionais ou ingestão de antibióticos, por exemplo, podem ocorrer modificações na composição da flora, tornando o organismo mais vulnerável. A ingestão de probióticos por meio dos alimentos ajuda a equilibrar a flora intestinal, estimulando a proliferação das bactérias benéficas em detrimento das bactérias potencialmente prejudiciais. Estudos mostram que probióticos do tipo bifidobactérias podem ter efeitos benéficos no trânsito intestinal e os do tipo lactobacilos podem ajudar a modular as defesas do organismo.

4. Porque eles conseguem passar pelo processo digestivo e permanecerem vivos em nosso intestino?

Uma das premissas que caracterizam os probióticos é a capacidade de chegar vivo ao intestino. Estudos científicos comprovam que os probióticos sobrevivem à passagem pelo trato gastrintestinal quando ingeridos em leite fermentado. Vários fatores podem contribuir para essa sobrevivência, incluindo a resistência da bactéria ao baixo pH gástrico e à ação dos ácidos gástricos e sais biliares. A matriz láctea é a preferencial como veículo de probióticos, por causa de suas características: como substrato, pH favorável, e por ser de fácil inserção na dieta para que seu consumo seja frequente.

5. Que benefícios podem trazer para a saúde de quem consome?

Os benefícios dependem da quantidade de micro-organismos ingerida, da frequência de ingestão (que deve ser regular) e do tipo de micro-organismo, já que cada cepa (família) dentro de cada espécie de bactéria caracteriza uma ação específica no organismo e diferencia completamente o benefício que ela pode proporcionar. Além da melhoria dos hábitos alimentares e estilo de vida, existem evidências de que o consumo de probióticos do tipo bifidobactérias pode ajudar no intestino preguiçoso, regulando o tempo de trânsito intestinal e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Estudos também apontam que os probióticos do tipo lactobacilos ajudam a equilibrar a flora intestinal (parte fundamental das defesas do organismo), podendo contribuir para uma modulação da resposta imunológica.

6. Qual é a frequência e a quantidade ideal que devemos ingerir de alimentos probióticos?

Alimentos contendo probióticos devem fazer parte de uma dieta saudável e balanceada como qualquer outro alimento. Para garantir um efeito contínuo, os probióticos devem ser ingeridos regularmente. Estudos científicos demonstraram que para serem de importância fisiológica para o consumidor, os probióticos devem ser consumidos em concentração superior a 108 (elevada à oitava potência) UFC/g (unidades formadoras de colônia/gramas).
Consultoria: Jorge Carvalho Guedes, gastroenterologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amaranto contra Colesterol


Amaranto ajuda a combater o colesterol ruim

O amaranto é uma semente rica em proteína e que ajuda a acabar com o colesterol. Veja como consumi-lo O grão símbolo da culinária dos incas, povo pré-colombiano que habitava o Peru, agora é a mais nova opção para quem quer afastar o perigo da aterosclerose sem perder o prazer à mesa. Trata-se do amaranto, uma semente conhecida como feijão dos Andes e que é uma verdadeira aliada no combate às altas taxas do LDL, o colesterol ruim, aquele que financia as temidas placas de gordura responsáveis por entupir as artérias.


A boa notícia vem da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior de São Paulo. Ali os pesquisadores convidaram 18 indivíduos com a famigerada síndrome metabólica, um emaranhado de doenças como pressão alta, ventre avantajado e, claro, colesterol nas alturas. Eles foram orientados a consumir durante um mês inteiro até 30 gramas de farinha de amaranto por dia, algo em torno de uma colher de sopa, na forma de biscoito.Depois desse tempo, os níveis de LDL despencaram. "Essa diminuição se dá por uma soma de funções. Proteínas, óleo e fibras encontrados no amaranto atuam em conjunto nesse processo", explica Jaime Amaya-Farfan, que capitaneou o trabalho e é coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Unicamp.A técnica de laboratório Rosana Aparecida, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, dá mais pistas que esclarecem como a ingestão do amaranto auxilia no controle dos índices da molécula gordurosa no sangue. "O grão inibe no fígado uma enzima envolvida na produção do colesterol ruim", diz Rosana.Essa ação, no entanto, ocorre sem prejudicar a versão boa do colesterol, que atende pela sigla HDL. "O amaranto contém esqualeno, uma substância antioxidante que é rara em produtos de origem vegetal", conta Amaya-Farfan. "Ela é a principal responsável pela interrupção da síntese de LDL, moderando a produção de colesterol", complementa.Mas o grão não recebe a denominação de superalimento só por essa benesse. Rico em aminoácidos que o nosso corpo não é capaz de fabricar e outros nutrientes, como cálcio, ferro, fósforo, potássio e zinco, ele pode ser comparado a estrelas da cozinha, a exemplo da carne, do leite e dos ovos."Mas vale lembrar que não é recomendável substituir esses alimentos pelo amaranto. Ele deve, isso sim, agregar benefícios ao cardápio", explica a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria, em São Paulo. "A semente ainda fortalece o sistema imunológico, melhora a pressão arterial, controla o diabete e inibe a proliferação de células tumorais", completa Isolda Prado, nutróloga e professora da Universidade do Estado do Amazonas.Ela também é recomendada para pessoas com intolerância ao glúten, por não conter em sua composição nenhuma substância capaz de prejudicá-las. Com tantos atributos, esse grão andino merece figurar com destaque nos pratos verde-amarelos.
Inclua o amaranto em sopas, molhos, sucos, vitaminas, bolos...
Foto: Dreamstime

Cheio de proteína

Entre os grãos, o amaranto só perde para a aveia no ranking desse nutriente...

Aveia - 16,2%Amaranto - 15%Trigo - 12,3%Centeio - 12,1%Cevada - 11,6%Sorgo - 11%Milho - 8,9%Arroz - 7,5%

O grão na cozinha

Em sopas E molhos
As sementes podem ser batidas com o caldo ou adicionadas à sopa no fogo. Na variante flocos, elas são uma ótima pedida para dar uma textura crocante a esse tipo de prato.Em sucos e vitaminas Como não tem gosto, ele não compromete o sabor de sucos e vitaminas. As frutas podem ser batidas no liquidificador junto com os grãos moídos, que antes devem ser lavados, sobretudo quando adquiridos em lojas de produtos naturais.Em outras receitas Esse andino de nascença pode entrar em bolos, pães, tortas, massas... Substitua até 30% da farinha de trigo pela farinha de amaranto. Basta torrar os grãos e moê-los ou bater os flocos.
Amareto em sua Vida:

Creme de morango com maracujá