segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Coisa é tão séria como ISSO...


Onde está o nosso alimento?
Como naqueles livros infanto-juvenis onde tínhamos que encontrar o menino chamado Wally em meio a uma grande e complicada ilustração, também hoje estamos a procura dos alimentos utilizados pela indústria. Em meio a tantos ingredientes confusos e desconhecidos, onde está o nosso alimento? Esse tema mobilizou a mais brilhante conferência realizada no 71º. Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA), realizado em San Diego na ultima semana do mês de junho passado. 

A conferencista, Dra Barbara Corkey, descreveu a presença de cerca de 400 aditivos alimentares, utilizados pelos fabricantes de alimentos, praticamente desconhecidos. Ninguém sabe ao certo quais seriam os seus efeitos a longo prazo em nosso organismo. A pesquisadora partiu de um exemplo bem definido: um sorvete fabricado nos Estados Unidos com 20 itens em sua lista de ingredientes, dos quais apenas 4 deles eram alimentos e os outros 16 eram aditivos. Entre eles, corantes, conservantes, aromatizantes, espessantes e os adoçantes artificiais. 

Realmente, os nossos alimentos não são mais os mesmo, nas palavras da Dra Corkey. A indústria vem conseguindo associar centenas de aditivos que dão aparência, cor, sabor e aroma aos alimentos, tornando-os irresistíveis. Além de tudo isso, eles conseguem ser competitivos e ainda passam uma idéia irreal de alimento saudável. 

A pesquisadora demonstrou que um dos mais conhecidos e utilizados espessantes para a produção de alimentos industrializados, o monoacilglicerol, assim como um dos adoçantes mais comuns usados na indústria dos alimentos diets e lights, a sacarina, causariam
aumento da produção de insulina e maior propensão à obesidade e ao diabetes. 
 
Muitos podem pensar que insulina em excesso pode ser benéfico, pois sempre relacionam falta de insulina ao diabetes. Na verdade, o diabetes de maior prevalência no mundo cursa com obesidade e excessiva produção de insulina. Esse quadro revela uma menor eficácia desse hormônio, que passa a ser produzido em maior quantidade, justamente para compensar essa alteração. 

Na verdade, quando olhamos para os rótulos dos alimentos industrializados, não conseguimos encontrar o Wally que representa o nosso verdadeiro alimento. Esse trabalho científico e o prêmio que enriqueceu o currículum da Dra Barbara, devem servir de alerta para uma nova atitude que pode trazer de volta o alimento saudável ao nosso prato. Os cereais, frutas, verduras e legumes frescos que o Brasil sempre produziu em abundância e alimentou seu povo. 
CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional

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