Não posso deixar de alertar: A casca da soja é rica em FITATO, esta substância com um nome simpático e tudo mais, "quebra, provoca Osteoporose, e sei lá mais o que. Logo a soja indicada para o consumo humano que realmente trás os benefícios e protege inclusive sim e com eficiência os efeitos dos "calorões da menopausa, é a PROTEÍNA ISOLADA DE SOJA, (este isolada refere-se à retirada do Fitato processo caro e nem sempre encontrado).
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Precisamos esclarecer o real papel da soja em nossa alimentação, ou seja, precisamos entender a soja como alimento, antes de decifrarmos as suas propriedades preventivas e curativas, que dariam ao alimento o status de alimento funcional. O assunto é motivo de muita discussão e nesse contexto é importante afirmar que quando uma questão gera posições tão diversas, devemos concluir que tal questão ainda não tem uma resposta definitiva. Melhor aguardar a evolução das pesquisas científicas. O fato concreto e completamente esclarecido é que a soja é uma proteína vegetal muito semelhante ao nosso feijão. Nutricionalmente, ela equivale às proteínas derivadas de fontes animais, incluindo a carne, o ovo e o leite. Em uma refeição balanceada, para uma pessoa saudável, as proteínas, idealmente, deveriam compor cerca de 15 a 20% do valor calórico total da dieta. O teor de proteínas desses alimentos pode nos dar uma noção real de suas capacidades nutritivas. As carnes têm 20-25% de proteínas, o leite materno 1-1,2%, o leite de vaca 3-3,5%, o feijão 20-25% e a soja 40%. Baseados nestes números, podemos imaginar o potencial nutritivo da soja e de todos os seus derivados. O derivado da soja de maior destaque é o óleo. O óleo de soja supre completamente nossas necessidades de ácidos graxos poliinsaturados, pois contém as recomendações de ômega 3 e ômega 6, tão importantes para nossa saúde cardiovascular. O farelo de soja é o resultado da extração do óleo e tem alto teor protéico (47%), sendo pobre em fibras e gorduras. O tofu é um tipo de queijo obtido da coagulação do leite de soja e contém apenas 5 a 8% de proteínas. Ele representa 90% da proteína de soja consumida nos países asiáticos. Apesar de nutritiva, a soja tem valor calórico considerável e não pode ser subestimada em sua capacidade de elevar as calorias de uma dieta a ponto de causar ganho de peso. A grande polêmica das isoflavonas A soja é a principal fonte de certas substâncias chamadas isoflavonas. Algumas delas são muito semelhantes à estrutura química do hormônio feminino, daí a denominação de fitoestrogênio, o estrogênio oriundo de vegetais. Essa descoberta causou uma grande esperança, no sentido do uso desses compostos na prevenção das doenças relacionadas à queda do hormônio feminino no climatério como as ondas de calor, a insônia, a perda de massa mineral óssea, a atrofia urogenital, a elevação do colesterol e a conseqüente doença cardiovascular. Isoflavonas e as ondas de calor do climatério A interferência das isoflavonas nos sintomas mais desconfortantes do climatério, que são as ondas de calor ou fogachos, é muito estudada, mas os resultados são polêmicos. Parece que as isoflavonas reduzem a severidade dos chamados fenômenos vasomotores - as ondas de calor. Entretanto, essa redução parece ocorrer apenas nas mulheres com pelo menos nove episódios diários, ou seja, nos casos mais graves. Além disso, é muito difícil distinguir uma real interferência das isoflavonas sobre os calores da menopausa, uma vez que tais sintomas são de ocorrência irregular, podendo sofrer alívio ou intensificação espontâneos, não relacionados à interferência do uso das isoflavonas. Isoflavonas e Osteoporose Ainda com relação ao climatério, são muito contraditórios os resultados dos estudos sobre os efeitos das isoflavonas na perda mineral óssea e conseqüente osteoporose relacionada à queda do hormônio feminino no climatério. A maioria das pesquisas científicas, entretanto, não revela nenhuma melhora na massa óssea relacionada ao uso das isoflavonas, logo chega a ser deletéria a troca do leite de vaca pelo leite se soja, uma vez que esse não contém o cálcio presente no leite de vaca e tão importante na prevenção e tratamento da osteoporose pós menopausal. Isoflavonas e câncer Estudos epidemiológicos mostram que em populações com alta ingestão de fitoestrogênios, há menor incidência de câncer de mama e de próstata. Isso ocorre em populações asiáticas, onde a ingestão diária média de soja confere cerca de 40mg de isoflavonas por dia. Postula-se a ação antioxidante desses compostos, no sentido de proteção contra cânceres relacionados a hormônios sexuais, tanto no homem quanto na mulher. Essa hipótese precisa ser comprovada por estudos científicos controlados, uma vez que essas populações são expostas a menos fatores de risco nutricionais do que os povos ocidentais e conseguem manter hábitos de vida mais saudáveis, sendo esses fatores por si só determinantes da menor incidência de câncer nesses povos. A revisão dos estudos científicos A partir de 1999, o Food and Drud Administration (FDA), o órgão americano que controla e fiscaliza os alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, passou a recomendar o consumo da proteína de soja na prevenção das doenças cardiovasculares, inclusive com essa indicação no rótulo dos alimentos ricos em soja. Essa conduta foi baseada em estudos que revelavam efeito protetor da proteína da soja no metabolismo lipídico em humanos, com redução do colesterol. Seguindo os passos do FDA, o Comitê de Alimentos da Sociedade Americana de Cardiologia (AHA) referendou essas indicações em 2000. Esses estudos foram posteriormente contestados levando o FDA a AHA a rever suas recomendações e a retirar suas indicações nos rótulos dos alimentos. Em Fevereiro de 2006, a Sociedade Americana de Cardiologia, através de seu Comitê de Nutrição, fez uma análise dos últimos 10 anos de pesquisa sobre os efeitos da proteína de soja e isoflavonas e conclui que elas não conferem nenhum benefício no perfil lipídico nem na pressão artérial, não melhoram as ondas de calor nem a perda da massa óssea, bem como não reduzem o índice de fraturas, não sendo portanto recomendado a sua utilização em suplementos alimentares ou pílulas. Por outro lado, muitos produtos de soja podem ser benéficos à saúde em geral e cardiovascular em especial, devido ao seu alto teor em gorduras poliinsaturadas, fibras, vitaminas e minerais e ao seu baixo conteúdo em gordura saturada. |
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