Pessoalmente sou fã desta pratica, não me lembro de ter comprado nada feito para mim a não ser Camisetas e Calças Jeans. O Alfaiate é insubstituível.
Até porque no meu caso eu defendo uma certa linha na moda que diz: "A mulher gosta do que se usa, o Homem usa o que gosta". Abençoados alfaiates.
Talvez por esta minha tendência natural, nõ tenha deixado de ver no Jornal A Gazeta do Povo, a postagem que se segue:
Há seis anos, Maria de Lourdes é uma das fiéis clientes da costureira Cleusa Paula da Silva, que tem um ateliê no bairro do Ahú, em Curitiba. “Parece que a Cleusa lê os meus pensamentos, pois consegue fazer as roupas exatamente como eu idealizo”, conta a dona de casa. Mais do que cliente e costureira, há uma relação de profunda amizade entre elas, bem como de boa parte da clientela. “Elas chegam a me trazer as refeições e há as que vêm contar seus problemas, como se eu fosse a psicóloga do bairro”, diz.
Brincadeiras à parte, a professora Marilene Hoeppers Rodrigues conta que se tornou uma das clientes da Cleusa devido à qualidade do seu trabalho. “Mesmo que o preço seja um pouco mais alto, compensa”, diz. Natural deBrusque (SC), ela conta que sempre teve o hábito de mandar fazer roupas em costureiras, o que ainda é bastante comum em cidades menores.
Mas Cleusa comenta que na capital paranaense o número de boas costureiras diminuiu muito desde que ela começou a trabalhar, há mais de 30 anos. Também está cada vez mais difícil achar boas lojas de tecidos, já que a maioria fechou as portas ou mudou de atividade. Por isso, ela tem de fazer ajustes e pequenos consertos em roupas para completar a renda. “Infelizmente não consigo sobreviver só com a confecção, o que representa apenas 35% do meu trabalho”, diz.
Hora marcada
No Centro da cidade, um outro ateliê enfrenta exatamente a mesma situação. A costureiraTerezinha Pissoleto Barbezoni, com três décadas de experiência no corte e costura, conta que hoje 80% de sua renda vem dos ajustes e consertos. “Eu já cheguei a fazer 20 peças sob medida por mês e hoje não faço mais que 5”, explica. Segundo ela, a maioria das pessoas acha o preço alto e prefere as opções mais econômicas nas lojas. Pela mão de obra de um vestido esporte fino, uma de suas especialidades, ela cobra entre R$ 130 e R$ 150.
A estilista e costureira Larissa de Lima Tombini, que atende apenas com hora marcada, explica que a sua clientela é formada por pessoas que não abrem mão de um atendimento personalizado. Especialista em vestidos, ela conta que tem clientes de três gerações de algumas famílias: avós, mães e filhas. “Se o trabalho for bem feito, sempre haverá mercado para a confecção de roupas sob medida”, aposta.
Rumo ao altar
Cliente há dez anos da costureira Aparecida Machado, Lisaneas Albergoni do Nascimento não pensou duas vezes em quem iria confeccionar seu vestido de casamento, marcado para o próximo mês de janeiro. “Só poderia ser a Aparecida. Ela conhece muito bem o meu gosto e, é claro, minhas medidas. Tenho certeza que o vestido vai ficar perfeito. Ela até me ajudou a comprar o tecido”, conta a engenheira florestal.
Aparecida, que há 25 anos costura emCuritiba, recorda que sua clientela é muito variada e, muitas vezes, de gerações de uma mesma família. “Para algumas clientes, além do vestido de noiva, também fiz o vestidinho para a festa de um aninho, para formatura da faculdade...fico até emocionada”, lembra.
Além de Lisaneas, a irmã dela, Leide Albergoni, também não abre mão de ter no closet peças produzidas por Aparecida. “Acredito que 80% do meu quarda-roupa é composto por roupas feitas por ela. “Eu não gosto dos modelos das lojas, tenho dificuldade em acertar, por conta do meu biotipo”, afirma a professora universitária. Ela diz que, desde a infância, a mãe mandava fazer as roupas das duas irmãs.
Exclusividade
O custo mais alto de um vestido ou blusa não assusta as duas irmãs, que afirmam primar não só pela exclusividade, mas também pela qualidade das roupas. “É mais caro do que nas lojas de departamento. Entretanto, fazendo com a Aparecida eu tenho peças que duram mais, como as de grife, mas com preços acessíveis”, pondera Leide.
Para conseguir peças como as apreciadas pela professora o caminho não é fácil. “É muito difícil encontrar uma boa costureira, quando encontramos não podemos perder”, observa. Outro ponto importante na hora de escolher uma boa profissional é ter referência. “Não é porque você está fazendo sob medida que o trabalho vai ser bom como o da Aparecida, tem que pesquisar, ver algumas peças já feitas e conversar com outras pessoas.”
Embora o tempo de espera para roupas confeccionadas por costureiras seja um pouco demorado, conforme o modelo da roupa, ele compensa, garante Leide. “É tudo uma questão de planejamento, mas a espera vale à pena”, ressalta a professora.
Fim de ano
Quem quiser um look de Aparecida para as festas de Natal e ano-novo, no entanto, deve se apressar. “O fim do ano é a época mais movimentada para nós, porque as pessoas precisam mais de roupas sociais e de festa, mas acho que ainda dá tempo, sim, de pegar mais algumas encomendas”, arrisca Aparecida."
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