segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mudança de hábitos previne diferentes tipos de câncer

Avanços da ciência ajudam a decodificar a doença, que pode ser desencadeada por fatores genéticos e por costumes rotineiros.

A aceleração das pesquisas sobre o funcionamento do câncer nos últimos 15 anos permitiu que a ciência avançasse na compreensão de como é possível prevenir a doença. Cerca de 20% dos casos podem ser evitados com medidas simples, como a mudança de hábitos alimentares, segundo uma pesquisa da organização não governamental World Cancer Research Fund (WCRF). Os outros 80% estão relacionados à interação e comportamento dos genes e a fatores ainda não estudados.
É consenso que mudanças de hábito são capazes de diminuir o número de ocorrências e há linhas de estudo que trabalham com o desenvolvimento de vacinas e sequenciamento genético, que podem ser capazes de evitar o aparecimento de células cancerígenas.
Pesquisas científicas mostram que existe relação entre alguns cânceres e hábitos, os mais citados são o fumo e a obesidade. O tabagismo, por exemplo, está ligado ao aparecimento de um terço dos tumores. Segundo a WCRF, todos os anos 2,8 milhões de novos casos estão ligados à falta de atividade física, dieta incorreta e sobrepeso. E o número deve aumentar consideravelmente na próxima década.
Apesar disso, se houver mudanças no comportamento, aliadas às descobertas científicas, o câncer poderá deixar de ser, no futuro, uma doença com significativo grau de mortalidade. É provável que muitos sejam evitáveis e que nos demais haja ampla sobrevida aos pacientes.
“O câncer é uma doença da vida moderna. O ser humano se tornou sedentário, ficou estressado, vive por mais anos e passou a ter uma dieta rica em carboidratos e comida processada”, diz o médico do Hospital Albert Einstein, Antônio Macedo, especialista em cirurgia oncológica gástrica. Ele conta que há dez anos a taxa de câncer de esôfago era de 4 a cada 100 mil, valor que hoje chega a 24.
Com ajuda da ciência, se descobriu que a atividade física pode auxiliar a diminuir a ocorrência de câncer de intestino e que carnes vermelhas e processadas podem, ao contrário, aumentar o risco. Também há comprovações de que gordura corporal amplia o número de tumores de esôfago, pâncreas, mama, rim e endométrio.
Futuro
Hoje o câncer é a doença mais estudada no mundo e produz o maior número de artigos científicos em revistas especializadas. O tempo entre as descobertas científicas e suas aplicações na população em geral diminui cada vez mais.
Um exemplo claro de como isso ocorre é a prevenção do HPV. O médico Júlio César Teixeira, da Unicamp, coordena um estudo sobre vacinas contra o HPV. Ele afirma que o vírus está relacionado 100% ao câncer do colo do útero, 90% ao do canal anal e 40% aos tumores de pênis, vulva e vagina, além de relação com tumores de mama e leucemia.
Em 2008, um grupo de cientistas de vários países criou o Con­sórcio Internacional do Genoma do Câncer para auxiliar no sequenciamento genético de mais de 50 tipos de cânceres. O objetivo é comparar o DNA das cé­­lulas doentes e sadias de uma mesma pessoa para verificar o que de­­sencadeou o tumor. Ano passado, eles anunciaram na revista Na­­ture que o objetivo é ter 25 mil ge­­nomas diferentes até 2018. Na in­­ternet, o grupo tem um portal com acesso livre a dados de 2, 8 mil tumores.
Além do fator genético, questões ambientais (estresse, condições de vida, alimentação, etc.) podem ser o grande definidor no aparecimento ou não do câncer. Balancear todos estes fatores para fazer um diagnóstico correto é o grande desafio para o futuro.
Meu Grifo:
Comento para que pensem no assunto e principalmente na Pouca vergonha, ou falta dela. Morei na África, havia num dos países onde Morei, um grande ERVANÁRIO, cujo titular era o "Velho Sambo" sim ele tinha mais de 100 anos, e nas mãos dele ninguém morria de câncer. Porque será que ele era mantido em segredo? Sempre ouvi dizer que perguntar não ofende.

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