COMO SEMPRE,
O MELHOR É PREVENIR
O MELHOR É PREVENIR
O que fazer ante estes casos? Em primeiro lugar, prevenir o medo. Isto implica que devem evitar-se as ocasiões que provocam ansiedade. Para isso é fundamental que, em sua casa, existe um ambiente de calma e serenidade. As discussões entre os pais, uma atmosfera tensa, a irregularidade habitual dos horários o nervosismo e a agitação são fatores que não contribuem ao sentimento de segurança que precisa seu filho.
UM CLIMA FAMILIAR DE CALMA E SERENIDADE É FUNDAMENTAL PARA
PREVENIR A ANSIEDADE NAS CRIANÇAS
PREVENIR A ANSIEDADE NAS CRIANÇAS
Depois deverá tranquilizar seu filho. Tentará compreender-lhe, mostrar-lhe mais afeto e não deve zombar de seus medos. Procure um momento propício para falar-lhe deles.
A seguir deverá tentar uma reeducação progressiva. Assim, se seu filho tem medo à escuridão, lhe permitirá deixar uma luz ao princípio e irá diminuindo paulatinamente até tirar-lhe totalmente. Ao mesmo tempo irá tratando de inspirar-lhe autoconfiança e segurança em si mesmo. E tem especial cuidado em não utilizar o medo como meio educativo.
PARA SUPERAR SEUS MEDOS DEVER IR POUCO A POUCO
COMO SE ESTIVESSE SUBINDO OS DEGRAUS DE UMA ESCADA
COMO SE ESTIVESSE SUBINDO OS DEGRAUS DE UMA ESCADA
C – AS FOBIAS
O termo “fobia” significa pânico ou medo: Diferem de outro tipo de medos em três aspectos fundamentais:
- O medo é intenso, até tal ponto que a criança não seja capaz de controlá-lo.
- O objeto temido não implica uma ameaça real (por exemplo, um rato ou um cachorro).
- O medo é tão forte que faz com que a criança trate de evitar a situação no futuro.
As fobias pelos animais e outros objetos específicos são muito comum nas criança dentre 2 e 6 anos de idade. A partir desta idade, a maioria das crianças são capazes de superar suas fobias. Se uma fobia continua até a adolescência, é provável que se mantenha na vida adulta.
A melhor forma de tratar as fobias é abordada logo, antes de que se estabeleçam. O principal problema para superá-la é que a criança fóbica tenha tanto medo que faça todo o possível para evitar o objeto temido, e desta maneira nunca pode averiguar que realmente não há nele nada a temer.
Pode ajudar seu filho fazendo-lhe enfrentar-se aos objetos ou situações temidas muito lentamente mediante pequenos passos escalonados. Programe cada passo com muito cuidado de forma que quando deve superá-lo apenas experimente uma ligeira ansiedade. Se nota que tem medo, é que vai muito depressa, ou os passos são muito grandes. Neste caso deverá voltar atrás até um passo que seu filho seja capaz de superar.
D – CONDUTAS RITUAIS E OBSESSÕES
Uma conduta ritual é uma ação repetitiva que tem um significado especial para a pessoa que a realiza. Produz uma sensação de alívio e redução da tensão. Muitas crianças dentre 5 e 10 anos apresentam condutas rituais:
- Colocar em fila seus bonecos ou jogos.
- Colocar sempre as coisas na mesma ordem.
- Não pisar nas faixas dos ladrilhos da rua.
- Repetir muitas vezes a mesma palavra ou frase .
- Fazer as coisas sempre na mesma ordem.
- Fazer sempre as coisas da mesma maneira (antes de dormir, tomar banho ...)
- Comprovar as coisas uma e outra vez.
- Tocar todos os objetos de forma reiterada.
Estes atos rituais costumam constituir uma forma através da qual a criança elimina sua ansiedade. Ao conservar as coisas iguais e familiares, a criança se sente mais segura. Certamente, em ocasiões, estes rituais podem chegar a dominar a criança. Nestes casos deverá pesquisar o que é que pode lhe produzir ansiedade e impedir de forma firme mas carinhosa em que realiza estas condutas. A princípio é normal que proteste. Mas ao longo, sua firmeza transmitirá a seu filho sentimentos de segurança e bem estar.
As obsessões são similares aos comportamentos similares mas se diferenciam destes em que se trata de pensamentos persistentes e indesejados e são mais frequentes nos adultos que nas crianças.
O que é que lhe deixa ansioso?
A ansiedade costuma ser o resultado de sentimentos de inadequação ou inferioridade. Estes podem surgir como resultado de algumas das circunstâncias que a seguir detalhamos.
PAIS EXCESSIVAMENTE CRÍTICOS, EXIGENTES E PERFECCIONISTAS:
Se você ou seus professores criticam a criança com frequência por seus erros, se os mostram excessivamente exigentes e dão a impressão de que seu carinho ou respeito depende de seu êxito, é muito provável que a pressão que a criança experimenta por cumprir suas altas expectativas gere nela ansiedade.
Neste caso, a criança está excessivamente preocupada por satisfazer as expectativas dos adultos e responder suas exigências. Isso implica uma perca de segurança, uma atitude de autocrítica, um descenso da motivação e uma imagem negativa de si mesmo.
ELOGIE SEUS ÊXITOS
E NÃO DÊ TANTA IMPORTÂNCIA
A SEUS FRACASSOS
E NÃO DÊ TANTA IMPORTÂNCIA
A SEUS FRACASSOS
Quando critica uma criança com frequência por suas faltas, esta acaba sentindo-se culpada. Se torna medrosa ante as nova situações e se sente insegura em suas relações com os demais. Qualquer ameaça, critica pessoal ou sugestão desfavorável aumenta seus sentimentos de insegurança.
Em outras ocasiões, o medo ao fracasso não provém das altas expectativas dos pais, mas da própria criança; como quando deseja igualar os êxitos de seu irmão maior, ou parecer-se a seu pai.
Há crianças que podem ir muito bem ao colégio, mas o que lhes motiva é o medo ao fracasso em lugar da necessidade de êxito. Enquanto que o que motiva a criança não é o obter um êxito, mas o evitar a todo custo um fracasso, qualquer erro gerará uma notável dose de ansiedade.
PROBLEMAS FAMILIARES. Quando os pais têm problemas, discutem com frequência, têm problemas de trabalho ... as crianças podem desenvolver uma ansiedade intensa. Muitos pais pensam que seus filhos não se dão conta da existência destes problemas, já que procuram não discutir na sua presença. Deve ter em conta que seu filho tem uma espécie de “radar” e detecta facilmente qualquer problema.
AS RELAÇÕES COM OUTRAS CRIANÇAS: As relações com outras crianças podem ser, também, fonte de ansiedade. As ameaças por parte de um menino mais forte, as conversas dos companheiros, podem supor para algumas crianças uma ansiedade considerável.
INQUIETUDES SEXUAIS: Pode originar-se com frequência como consequência de cenas vistas na televisão de filmes visto às escondidas, de brincadeiras de caráter sexual de outras crianças. Os pais devem ter em conta que a melhor forma de prevenir este problema é conversando com os filhos e adiantando-se em tratar sobre os temas de educação sexual para ser os primeiros em estabelecer as idéias positivas.
PAIS INSEGUROS E ANSIOSOS: As crianças ansiosas costumam ter pais, e em especial MÃES, com altos níveis de ansiedade.
Os medos específico não se passa de pais para filhos, mas o que pode ocorrer é que a criança herde um SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO mais sensível à estimulação e, portanto, uma tendência à ansiedade, uma maior vulnerabilidade à ansiedade.
Mas, fundamentalmente, a ansiedade se transmite de pais para filhos através de seu comportamento. Quando os próprios pais são medrosos ou inseguros podem transmitir a criança seus medos. Se continuamente lhe advertimos possíveis perigos, se lhe superprotegemos e não lhe deixamos ser independentes, não é de estranhar que nosso filho se sinta inseguro e imite nosso comportamento .
LEMBRE QUE A ANSIEDADE É
CONTAGIOSA. MANTENHA A CALMA
E A SERENIDADE
CONTAGIOSA. MANTENHA A CALMA
E A SERENIDADE
Frequentemente, a ansiedade se disfarça em forma de mau humor, irritabilidade, comportamento agressivo, impulsividade e outras formas de má conduta.
Além disso, muitas crianças ocultam suas inquietudes por:
- Medo a que não se leve a sério.
- Medo a parecer bobas ou infantis ou covardes.
- Medo a que lhe repreenda, ridicularize ou humilhe.
Para averiguar com certeza o que é que está preocupando a seu filho deverá observar atentamente e aprender a escutar-lhe com uma mentalidade receptiva.
CADA CRIANÇA É DIFERENTE
CONHEÇA A SEU FILHO
CONHEÇA A SEU FILHO
Uma forma de identificar a causa das ansiedades de seu filho é que se proponha a levar um pequeno diário de seu comportamento. Não é necessário descrições longas e detalhadas. Basta que anote brevemente o que a criança fez durante o dia junto com qualquer sintoma de ansiedade: dor de barriga, perca de apetite, pesadelos, choro.
Dito em registro convém que se refira ao que ocorreu imediatamente antes e depois das manifestações de ansiedade.
Anote o que aconteceu justo antes de que seu filho mostrasse sintoma de ansiedade, o momento do dia, e o lugar onde esta se apresentou (antes da aula de ginástica, quando criticou, quando viu a determinado professor), assim como o ocorrido como consequência deste comportamento: se lhe castigou, se lhe permitiu sair com uma das suas ...
A cabo de uns dez dias releia todas as anotações e tente ver se há algo a fazer em comum: por exemplo, pode descobrir que seu filho tem dor de barriga cada vez que tem um jogo de futebol ou que fica de mau humor cada vez que tem uma festa; estas anotações lhe darão importantes pistas do que está acontecendo com a criança.
Também é fundamental que saiba ESCUTAR a seu filho: uma escuta atenta que lhe permita entender o que disse além daquilo que não disse resulta fundamental. Para isso, convém que tenha em conta as seguintes recomendações:
- DEIXE O QUE ESTÁ FAZENDO: As crianças nem sempre escolhem o momento mais oportuno em que querem ser escutadas. Se está na cozinha fazendo a torta para o jantar tem duas opções: ou deixar a torta e escutar-lhe atentamente ou dizer a seu filho que nesse momento não pode escutar-lhe com suficiente atenção e logo lhe chamará para conversar com ele. Mas NÃO FAÇA AS DUAS COISAS AO MESMO TEMPO.
- NÃO ESCUTE QUANDO ESTIVER ABORECIDA: Quando seu filho chega em casa com uma notificação do colégio por seu mau comportamento é provável que seu aborrecimento não lhe permita escutar as explicações que seu filho tenta dar-lhe. Não tente escutá-lo enquanto não tiver se acalmado e puder valorizar a situação de forma objetiva.
- NÃO ZOMBE nem ignore os argumentos de seu filho.
- ESCUTE POSITIVAMENTE. Isto implica que dever escutar com os olhos além de com os ouvidos. Reserve um tempo no qual possa prestar total atenção o qual seu filho quer contar-lhe. Uma boa hora costuma ser quando estão deitados na cama antes de dormir. Escute-lhe e trate de intervir o menos possível. Qualquer interrupção, sobretudo se for para criticar-lhe, fará com que a criança se retraia.
Anime seu filho para que fala com liberdade, sem dizer-lhe nada mas escutando-lhe com interesse. Ensine-lhe que não há nada de tão ruim que não possa contar. Peça exemplos concretos dos comportamentos que lhe causam ansiedade.
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