Em suspensão: livre
Passei um mês fora. Fiz um treinamento nas cozinhas supersônicas da marca Viking — incríveis, femininas e ultrassensíveis. Depois de passar esse mês tecendo novos hábitos, cheguei devagar a São Paulo, sem avisar ninguém. Entrei na minha casa e passei um dia chegando e descobri que muitas vezes nossas infinitas conexões e desejos nos deixam no ar. Quando ligamos para alguém, ficamos lá, no outro, mesmo ao desligar o telefone. Imagine dez, 20, 30 telefonemas. Ficamos com o nosso centro de gravidade fora. No ar.
Neste dia dormi dez horas sem parar e desde lá ando mais presente. Adoro gente, tenho uma coleção linda de amigos e família. Estou optando por encontros verticais e não só por telefone ou e-mail. É mais nutritivo.
Ninguém consegue administrar bem um turbilhão de coisas. Administre, masuma coisa de cada vez, respirando. Ontem fiz uma aula de Yoga em que o professor deixava a gente ficar com dúvidas em relação ao nosso corpo e a resposta vinha mais tarde. O imediatismo requer as coisas na hora, é inquietante.
Ter conhecido árvores milenares mudou o meu ponto de vista. É bom sentir saudades verdadeiras de alguém e planejar um encontro. O mundo não nasceu em sete dias e quando sabemos que existem processos longos, temos mais espaços dentro de nós.
Não existe coisa melhor do que bons encontros, organizados com tempo.
Não custa tentar. ( E Nada daquela história que eu escuto muito principalmente entre as Mulheres) Não gosto de nada programado, nunca dá certo. (Para mim isso é "papo-para-boi-dormir"
Consumo consciente
O slow food nos ensina a lidar com os produtos alimentares da mesma forma que lidamos com as pessoas. Temos obrigação de saber “De onde vem esse ovo que comemos? Como vive o frango? Confinado? Em fazenda? Qual é o seu habitat?
E o peixe? E este pimentão? E a cenoura?”
Todos me falam que os peixes andam cheios de mercúrio, impróprios para o consumo, que as fazendas de criação “superpopulam” o metro cúbico de peixes e camarões, tornando-os de péssima qualidade para o consumo humano.
Vou até o fundo. Estou em contato com a organização Sea Food Watch e darei retorno com todas as informações nos próximos artigos.
Salada generosa ( Qui fomi rsrsrs)
(rendimento: 4 porções)
Ingredientes
1 xícara de cenoura
¼ de xícara de alga higiki
1 xícara de cogumelo shiitake
4 xícaras de couve-manteiga
½ xícara de gergelim branco
1 limão
1 xícara de pepino cortado à julienne
2 colheres (sopa) de shoyu
Molho
½ xícara de azeite de oliva
½ colher (sopa) de óleo de gergelim
½ pimenta jalapeño ou dedo-de-moça
1 pitada de sal
2 ½ colheres (sopa) de shoyu
2 ½ colheres (sopa) de vinagre de arroz
½ xícara de suco de laranja
Para enfeitar
Nozes, castanhas torradas e furikake (2 colheres de sobremesa). Furikake é um condimento seco em forma de flocos para salpicar por cima do arroz branco japonês.
Modo de preparo
Marinar o shiitake no shoyu e limão. Cortar a couve à julienne, bem fininha. Misturar todos os ingredientes, colocar o molho por cima e enfeitar com furikake, nozes e castanhas torradas. Comer com cereal integral. Ótima para consumir ao meio-dia. Cheia de fibras. Consequência: leveza.